Avaliação Psicológica Infantil - Hora do Jogo


A Hora de Jogo Diagnóstico é um recurso técnico utilizado no processo psicodiagnóstico com o objetivo de conhecer a realidade da criança a ser consultada e que implica no vínculo transferencial breve para conhecer e compreender a criança. As possibilidades de comunicação são mediadas utilizando-se a atividade lúdica, por meio de um brinquedo a criança pode expressar aquilo que vivencia no momento.

Na técnica HORA DE JOGO existem alguns indicadores importantes para fins diagnósticos e prognósticos, como: Escolha de Brinquedos e Brincadeiras, conforme a idade da criança; Modalidade de Brincadeira, pela qual pode-se detectar plasticidade, rigidez e/ou estereotipia e perseverança; Personificação, que demonstra o equilíbrio entre Superego, Id e Realidade; Motricidade, que demonstra o desenvolvimento neurológico e de fatores psicológicos e ambientais; Criatividade, que exige um Ego plástico, tolerante e aberto para experiências novas; Tolerância à Frustração, que está relacionada ao princípio de prazer e de realidade; Capacidade simbólica, que demonstra capacidade intelectual e qualidade do conflito; e Adequação à Realidade, que permite a avaliação das possibilidades egóicas.

Vou especificar aqui alguns dos elementos principais que deverão ser observados na hora de jogo. São eles:

- Linguagem: Vocabulário rico e amplo ou reduzido. Pronuncia incorreta de determinadas sílabas ou ainda enfatizado, erotizado.

- Coordenação Motora: Mostra equilíbrio e desenvoltura em sua locomoção no manejo do brinquedo ou não?

- Atenção: Consegue se concentrar ao escolher uma determinada atividade/cena lúdica ou muda constantemente de interesses?

- Modulação do Afeto: Estabelece laço com psicólogo de imediato e dá sinais de segurança ou adota uma atitude desconfiada e temerosa?
- Desenvolvimento da Cena Lúdica: Qual é o tema predominante, que personagens são escolhidos e que funções desempenham?

- Apresentação do conflito: Como define a situação problema? Demonstra angústia? Como resolve? Interrompe de forma abrupta?
- Comportamento durante jogo de regras: Respeita e considera as regras? Como lida com a derrota?

- Criatividade na escolha das atividades: Demonstra diversidade na escolha e elaboração dos enredos simbólicos?

- Observação: Contribuir com a criança no sentido de ajudá-la a “reparar” suas ações destrutivas colando ou consertando os brinquedos.
Lembrando que o a hora do jogo foi idealizada por Freud, e que depois outras formas de psicodiagnóstico foram adicionadas, como as teorias de Piaget, Winnicott e Melanie Klein. Por exemplo, a caixa lúdica, idealizada por Melanie Klein é utilizada na hora do jogo. Com ela você poderá abordar temas do cotidiano da criança. Na caixa lúdica você deverá ter brinquedos que explorem o campo cognitivo, emocional, criativo e motor da criança. A caixa lúdica pode por exemplo, conter bonecos, jogos de tabuleiro, papéis e canetas para desenhos, cola, barbante, etc.

E, pra quem pensa que psicólogo não tem sentimentos ...

Sociopata





Psicopatia : O que é um psicopata?


Cercada de mitos, a psicopatia é, no senso comum, geralmente associada àquele indivíduo que, incompreensivelmente (pelos menos para mim), mata por prazer, ou seja, àquele cujo sofrimento alheio lhe dá uma satisfação e uma alegria no mínimo misteriosas. Ao contrário do que se pensa, esta doença do foro mental nem sempre está associada à violência e pode ser tratada. O facto é que, devido ao cada vez maior número de notícias que chegam a nossas casas de indivíduos que, inexplicavelmente, são capazes de autênticos massacres a seres humanos, o termo “psicopata” é cada vez mais usado na sociedade. Um dos mistérios que mais me intriga (e certamente a alguns de vocês) é o que levará um psicopata a cometer actos tão horrendos… O que se passará na mente de um psicopata? Será que um psicopata tem uma mente igual à mente de um indivíduo dito normal? Então e se o cérebro for biologicamente idêntico, seremos nós (indivíduos “normais”) capazes de nos comportarmos como um psicopata? Efectivamente, poucos transtornos a nível mental são tão incompreendidos como a personalidade psicopática.
Hervey M. Cleckley, psiquiatra americano, definiu pela primeira vez a psicopatia como “um conjunto de comportamentos e traços de personalidade específicos”.
Os psicopatas são pessoas (se é que podemos chamar-lhes assim) que, à partida são inofensivas e vistas como indivíduos “normais” por quem os conhecem superficialmente. São pessoas que, à primeira vista, causam boa impressão, revelando-se, no entanto, desonestas e anormalmente egocêntricas. Com uma sensação de omnipotência, os indivíduos com traços psicopáticos consideram que tudo lhes é permitido, agindo somente por benefício próprio sem olhar aos meios para alcançar os seus fins. O psicopata não sente culpa. Apesar de muitas vezes ter a plena consciência da perversidade dos seus crimes ou das suas intenções criminais, um psicopata raramente aprende com os seus erros, não conseguindo refrear os seus impulsos, carecendo por isso de superego.
Com uma auto-estima muito elevada, considera-se um ser superior regido pelas suas próprias regras. Como tal, torna-se incapaz de compreender que haja pessoas com opiniões diferentes das suas, praticando actos criminosos sem sentir qualquer tipo de culpa. Demonstrando uma frieza fora do normal, “o psicopata está livre das alucinações e dos delírios que constituem os sintomas mais espectaculares da esquizofrenia”. “A sua aparente normalidade, a sua ‘máscara de sanidade’, torna-o mais difícil de ser reconhecido e, logicamente, mais perigoso.” Exprimindo-se com elegância, as suas histórias, apesar de falsas, conseguem cativar e convencer, deixando-o numa boa situação perante as pessoas. Isto porque o discurso de um psicopata é geralmente servido de uma linguagem florida e figurativa, desempenhando esta um papel importante no seu comportamento enganoso e manipulador. Altamente seguro de tudo o que diz, o seu principal objectivo passa a ser manipular e controlar os outros. “Mentir, enganar e manipular são assim talentos naturais de um psicopata.”
“Um dos traços dos psicopatas é adoptarem geralmente comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, excepto pelo facto de se divertirem com o sofrimento alheio. Além disso, desculpam-se dos seus descuidos culpando outras pessoas. Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam compromisso.”
Para diagnosticar a psicopatia, os especialistas servem-se de um teste desenvolvido pelo psicólogo Robert D. Hare, o PCL-R (Psychopathy checklist-revised). “Este método inclui uma entrevista padronizada com os pacientes e o levantamento do seu histórico pessoal, inclusive dos antecedentes criminais. O PCL-R revela três grandes grupos de características que geralmente aparecem sobrepostas, mas podem ser analisadas separadamente: deficiências de carácter (como sentimento de superioridade e megalomania[1]), ausência de culpa ou empatia e comportamentos impulsivos ou criminosos (incluindo promiscuidade sexual e prática de furtos).”
Estudos garantem que a maioria dos psicopatas é homem, sendo o motivo para este desequilíbrio entre os sexos ainda desconhecido. A frequência na população é aparentemente a mesma, quer no Ocidente quer no Oriente. Um dos mitos associados à psicopatia é o facto de julgarmos que os psicopatas são violentos, quando, apesar de alguns estudos indicarem que, de facto, essas pessoas recorrem à violência física e sexual, outros demonstram que a maioria dos psicopatas não é violenta e que grande parte das pessoas violentas não é psicopata.
Durante a minha pesquisa descobri também a tendência de associarem todos os indivíduos psicopatas ao facto de sofrerem de psicose[2]. “Ao contrário dos casos de pessoas com transtornos psicóticos, em que é frequente a perda de contacto com a realidade, os psicopatas são quase sempre muito racionais. Eles sabem muito bem que as suas acções, imprudentes ou ilegais, são condenáveis pela sociedade, desconsiderando, porém, tal facto com uma indiferença assustadora. Além disso, os psicóticos raramente são psicopatas.”
Ao contrário do que se julga, a psicopatia tem cura: hoje em dia é sabido que a maioria dos psicopatas são recuperáveis podendo vir a ser bons cidadãos da sociedade. Embora os psicopatas raramente se sintam motivados para procurar tratamento, uma pesquisa feita pela psicóloga Jennifer Skeem sugere que essas pessoas podem usar a psicoterapia como tratamento. “Mesmo que seja muito difícil mudar comportamentos psicopatas, a terapia pode ajudar a pessoa a respeitar regras sociais e prevenir actos criminosos.”
“A característica do psicopata é não demonstrar remorso algum, nem vergonha, quando elabora uma situação que ao resto dos mortais causaria espanto. Quando é demonstrado o seu embuste, não se embaraça; simplesmente muda a sua história ou distorce os fatos para que se encaixem de novo.”

“O ser humano está cada vez mais isolado, mais sozinho, apesar de poder se comunicar quase instantaneamente com qualquer parte do mundo. Caso aprenda a viver sem necessitar dos outros, aprenderá a não se preocupar com os outros, um traço básico na personalidade psicopática.”

FONTES:


[1] Megalomania é um transtorno psicológico em que o doente tem ilusões de grandeza, poder e superioridade. Também se caracteriza pela obsessão em realizar feitos e actos grandiosos.
[2] Psicose é um termo psiquiátrico genérico que se refere a um estado mental no qual existe uma "perda de contacto com a realidade". Ao experienciar um episódio psicótico, um indivíduo pode ter alucinações ou delírios, assim como mudanças de personalidade e pensamento desorganizado.

O que você tem é TOC ou mania?


Comportamentos repetitivos são normais, mas podem esconder desvio psicológico


Você só sai de casa com um guarda-chuva azul? Só assiste aos jogos do time do coração em casa? Só beija a bochecha da sua mãe no lado direito? Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) ou é mania? O transtorno é grave, mas virou dito popular para quando a pessoa faz algo sistematicamente, mas até que ponto a mania pode ficar séria?

"As manias são comportamentos repetitivos que são motivadas por superstição ou crenças. Todos nós podemos ter manias e isso não gera nenhum efeito em nossas vidas. É algo corriqueiro", explica o psiquiatra da Unesp Edson de Moraes Júnior. Para exemplificar, imagine uma pessoa que ao se levantar da cama, coloca primeiro o pé direito no chão. É algo que acaba virando hábito de tanto que ela faz e, depois de certo tempo, passa a ser automático, quase que involuntário.

O alerta

Com toda a complexidade da mente humana, para além da mania existe o SOC, sintomas obsessivos compulsivos. "Quase todo mundo tem SOC . É quando, por exemplo, a pessoa chega cinco vezes ao dia se a porta do carro está trancada ou se o gás do fogão está desligado. É obsessivo porque ela precisa cumprir esse ritual e compulsivo por causa do número de repetições". O psiquiatra diz que se o SOC não está interferindo muito na rotina da pessoa é perfeitamente normal.

Porém, se o SOC se tornar muito intenso e fizer com que a pessoa ocupe boa parte do seu tempo com isso, cuidado. Pode ser o TOC. "O TOC é caracterizado pela presença de obsessões ou compulsões recorrentes e tão severas para fazer com que o paciente passe a ocupar boa parte do tempo com elas, causando desconforto ou comprometimento", esclarece o psiquiatra.

Doença incapacitante

Até bem pouco tempo, o TOC era uma doença rara e pouco estudada. Só os casos mais graves eram reconhecidos. No entanto, hoje se sabe que existem vários níveis do transtorno. Até virou brincadeira em rodinhas de amigos diagnosticar aquele cara sistemático do grupo com TOC. No entanto, o psiquiatra explica que a prevalência desse transtorno na população é baixa: "Não chega a 2% na população brasileira, porém é uma doença incapacitante, pois a pessoa fica refém das suas próprias obsessões".

Os comportamentos obsessivos são causados por pensamentos, ideias, impulsos ou imagens que invadem a consciência contra a vontade de forma repetitiva e persistente. "A obsessão leva a rituais para neutralizar esse pensamento. Normalmente é acompanhada de ansiedade e desconforto", diz Edson Capone. A compulsão é realizada como forma a neutralizar ou reduzir os efeitos da obsessão. Os tipos mais comuns de compulsões envolvem a limpeza (das mãos ou da casa), verificação ou controle (fechaduras, gás, chuveiro), repetições (sair, entrar, contar números) e sequência (ordenar roupas por cor).

Segundo o psiquiatra, a doença não tem momento para aparecer. "Não se sabe ainda os motivos do desenvolvimento de TOC, mas sabe-se que ele pode aparecer por vários motivos, como um ataque de fúria, depois de um acidente grave, estresse, entre outros". No entanto, os tratamentos costumam ser eficientes no combate ao transtorno. Podem ser somente medicamentosos ou associados à terapia. "A psicoterapia cognitivo-comportamental, que foca nos sintomas, ou a psicodinâmica, que foca a análise psicológica, funcionam muito bem para tratar os pacientes que não conseguem se adaptar ao tratamento medicamentoso", explica o psiquiatra Edson Capone.

SOC ou TOC?

A linha entre o SOC e o tipo leve de TOC é muito tênue, mas em geral a própria pessoa que está sofrendo com a doença sabe que tem algo de errado com ela. "Os pacientes de TOC são críticos do seu problema e consideram seu comportamento absurdo, mas elas não conseguem ter o controle, o que acaba potencializando o sofrimento." Porém, o psiquiatra diz que o TOC é ainda uma doença secreta, já que muitos pacientes sofrem calados por medo do diagnóstico.

Já os sintomas obsessivos são corriqueiros em nossas vidas. São pequenos rituais que não te tiram do eixo e que, se eventualmente você não puder fazê-los, não vão gerar nenhum tipo de sofrimento ou penitência. "Enquanto a pessoa com TOC pode gastar até 15 horas concluindo todos os seus rituais, o paciente com SOC não perde nem 10 minutos se tiver distraído com alguma outra coisa".

Se você imagina que tem TOC, o mais importante, segundo Edson Capone, é observar o comportamento e notar se você está gastando mais tempo do que deveria com os rituais, se eles estão causando algum tipo de sofrimento ou ansiedade e se está havendo muita interferência nas atividades do dia e nos relacionamentos sociais (afetivos, profissionais, ocupacionais ou financeiros).

Transtornos Dissociativos


Transtornos relacionados por semelhança ou classificação


Generalidades
Estes transtornos são os mais explorados pela indústria cinematográfica, dada sua curiosa forma de apresentação. O aspecto central dos transtornos dissociativos (ou também chamados conversivos) é a perda total ou parcial de uma função mental ou neurológica. As funções comumente afetadas são a memória, a consciência da própria identidade, sensações corporais, controle dos movimentos corporais. Esses acometimentos estão por definição ligados a algum evento psicologicamente estressante na vida do paciente cuja ligação o paciente costuma negar e conseqüentemente o psiquiatra precisa de auxílio para detectar.
Dada a comprovação da inexistência de um fator físico detectável, sua rápida instalação e a preservação das demais funções mentais e neurológicas, as pessoas diretamente prejudicadas pelo distúrbio do paciente consideram simuladores. Esses casos ainda não foram inteiramente compreendidos o que não significa que sejam simulações. Reconhecemos nossa ignorância e justamente por ela não temos como negar sua existência. Por enquanto admite-se a existência da paralisia neurológica e psiquiátrica, uma de bases definidas, outra de bases indefinidas justamente como foi no passado com a neurologia.

Amnésia Dissociativa
O principal aspecto é a perda da memória, usualmente para eventos recentes importantes, graves o suficiente para serem tomados como simples esquecimento. Deve ser comprovada a impossibilidade de uma causa orgânica como medicamentos ou problemas cerebrais. A amnésia costuma acontecer para eventos traumáticos como acidentes ou perdas inesperadas, podendo ser específica para determinados temas, por exemplo: numa determinada boate onde ocorreu um incêndio o paciente não se recorda dos comentários de outras pessoas a respeito do cheiro de fumaça instantes antes do pânico generalizado; também não se lembrar de alguém que tentava orientar a multidão ou outra pessoa que tentou ajudá-la, somente dos doces, das bebidas, das músicas e com quem conversou. Na maioria das vezes o paciente sabe que perdeu parte da memória, alguns aborrecem-se com isso, outros ficam indiferentes e despreocupados. Os adultos jovens, os adolescentes e as mulheres são os mais acometidos por esse problema.
Há técnicas como a hipnose ou outras formas de relaxamento que permitem ao profissional experiente penetrar na parte "esquecida" da mente do paciente e fazê-lo contar o que houve. Em certos casos, psicoterapias podem também fazer com que o paciente se conscientize do que presenciou.

Fuga Dissociativa
Na fuga dissociativa o indivíduo repentinamente perde todas suas recordações, inclusive de sua própria identidade. Inesperadamente essa pessoa muda-se de localidade, de cidade ou de estado, assumindo uma outra identidade, função e vida por vários dias. Durante esse período não se lembra nada de sua vida passada nem tem consciência de que se esqueceu de algo. Durante esse período seu comportamento é compatível com as normas sociais de maneira que ninguém percebe algo errado naquela pessoa, exceto por ser um forasteiro. Vive de forma simples, um pouco recluso, com modéstia. Subitamente recobra toda a memória, excetuando-se o período enquanto viveu a fuga dissociativa. Com o restabelecimento da memória a pessoa recobra sua vida anterior. Raramente esse episódio dura meses: comumente dura dias ou horas.

Despersonalização / Desrealização
A desrealização é a alteração da sensação a respeito de si próprio, enquanto a despersonalização é a alteração da sensação de realidade do mundo exterior sendo preservada a sensação a respeito de si mesmo. Contudo ambas podem acontecer simultaneamente. A classificação norte-americana não distingue mais a desrealização da despersonalização, encarando-as como o mesmo problema.
Contrariamente ao que o nome pode sugerir, a despersonalização não trata de um distúrbio de perda da personalidade: este problema inclusive não tem nenhuma relação com qualquer aspecto da personalidade normal ou patológica.
O aspecto central da despersonalização é a sensação de estar desligado do mundo como se, na verdade, estivesse sonhando. O indivíduo que experimenta a despersonalização tem a impressão de estar num mundo fictício, irreal mas a convicção da realidade não se altera. A desrealização é uma sensação e não uma alteração do pensamento como acontece nas psicoses onde o indivíduo não diferencia realidade da "fantasia". Na despersonalização o indivíduo tem preservado o senso de realidade apesar de ter uma sensação de que o que está vendo não é real. É comum a sensação de ser o observador de si próprio e até sentir o "movimento" de saída de dentro do próprio corpo de onde se observa a si mesmo de um lugar de fora do próprio corpo.
A ocorrência eventual das sensações de despersonalização ou desrealização é comum. Algumas estatísticas falam que aproximadamente 70% da população em geral já experimentou alguma vez esses sintomas, não podendo se constituir num transtorno enquanto ocorrência esporádica. Porém se acontece continuamente ou com freqüência proporcionando significativo sofrimento, passa a ser considerado um transtorno. A severidade pode chegar a um nível de intensidade tal que o paciente deseja morrer a continuar vivendo.
O diagnóstico desse transtorno dissociativo só pode ser feito se outros transtornos foram descartados como as síndromes psicóticas, estados de depressão ou ansiedade, especialmente o pânico. Nessas situações as despersonalizações e desrealizações são comuns constituindo-se num sintoma e não num transtorno à parte.
Não há tratamento eficaz conhecido para esses sintomas isoladamente.

Personalidade Múltipla
Ao contrário do que poderia parecer, este transtorno nada tem a ver com os transtornos de personalidade, está classificado entre os transtornos dissociativos porque existem várias personalidades dentro de uma só pessoa e essas personalidades não são necessariamente patológicas. No transtorno de personalidade não há amnésias, mas uma conduta rotineiramente inadaptada socialmente.
O aspecto essencial da personalidade múltipla é a existência de duas ou mais personalidades distintas dentro de um indivíduo, com apenas uma delas evidenciando-se a cada momento. Cada personalidade é completa, com suas próprias memórias, comportamento e gostos de forma bastante elaborada e complexa. As personalidades são bastante independentes umas das outras sendo possível inclusive terem comportamentos opostos, por exemplo, uma sendo sexualmente promíscua e outra recatada. Em alguns casos há completo bloqueio de memória entre as personalidades, noutros casos há conhecimento podendo gerar rivalidades ou fraternidades. O observador externo que só conheça uma das personalidades não notará nada de anormal com esta pessoa. As personalidades podem ser do sexo oposto, ter idades diferentes e até de outras raças.
O primeiro episódio de mudança de personalidade pode ser precedido de um evento forte como uma tragédia. Com o passar do tempo essa pessoa pode continuar tendo as "viradas" na personalidade sem fatores precipitantes. A mudança de uma personalidade para outra pode ser súbita ou ocorrer numa espécie de período confusional transitório, pode acontecer durante uma sessão de relaxamento ou de psicoterapia.
Nada se sabe a respeito das causas desse transtorno, mas admite-se que é mais freqüente do que se suspeitava antigamente. Atualmente as psicoterapias são as únicas formas de abordagem dos casos. Não há uma medicação eficaz.

Transtorno Dissociativo Motor
Os transtornos motores são os mais comuns do grupo das dissociações. As queixas que esses pacientes costumam apresentar são fraqueza ao realizar um determinado movimento, andar instável ou inseguro, movimentos anormais, tremores, contrações involuntárias. Os sintomas costumam se intensificar quando o paciente é observado. Apesar dessas queixas dificilmente esses pacientes se ferem, ao contrário do que acontece nos casos neurológicos propriamente ditos. Esse distúrbio é aproximadamente cinco vezes mais comum em mulheres do que em homens. Um aspecto que muitas vezes chama a atenção é a relativa acomodação com a situação. Ao contrário de uma pessoa que repentinamente passa a necessitar de uma cadeira-de-rodas, por exemplo, esses pacientes reagem com relativa tranqüilidade e indiferença a sua incapacidade física, não se importando com seu problema.

Transtorno Dissociativo Sensitivo
É equivalente ao transtorno motor sendo a função neurológica afetada, mais freqüentemente a sensorial, o tato, a audição e a visão. Podem manifestar-se com perda parcial ou completa das sensações táteis de determinada área do corpo, principalmente as extremidades (pés e mãos). Nestes casos todas as funções táteis costumam estar acometidas para o toque, para a dor e para a temperatura. Assim o paciente queixa-se de anestesia num lado inteiro do corpo ou nas mãos ou pés. Os órgãos dos sentidos especiais como audição, visão podem ser afetados provocando surdez, visão turva, cegueira, visão em túnel. Tanto ambos os lados podem ser acometidos simultaneamente como de um lado só. Novamente esses pacientes não se ferem por causa de seu transtorno, mas se isso acontecer como fato isolado não se poderá excluir o diagnóstico. Tanto as alterações motoras como as sensoriais costumam ser limitadas a um período de tempo com completa recuperação posterior, mas o mesmo quadro ou outro semelhante pode surgir após a recuperação.

Jovens que dormem pouco correm mais risco de se tornarem obesos


Crianças e adolescentes que não dormem o suficiente têm mais chances de se tornarem obesos, segundo estudo apresentado recentemente no encontro anual das Sociedades Acadêmicas de Pediatria, no Canadá. E, de acordo com os pesquisadores do Instituto de Pesquisa da Criança de Seattle, EUA, essa relação entre falta de sono e obesidade é especialmente forte entre os meninos.

Depois de avaliar dados sobre os padrões de sono, a alimentação e os níveis de atividades físicas de 723 jovens com média de idade de 14 anos, os especialistas observaram uma relação da curta duração do sono com um maior índice de massa corporal (medida do peso em relação à altura) e maior porcentagem de gordura.

E os resultados indicaram que essa relação era mais significativa para crianças menores, especialmente meninos. Para as meninas, a associação foi considerável apenas para a falta de sono nos finais de semana.

Outra explicação citada por vários especialistas seria o estresse e a ansiedade, que podem ser fatores comuns, reduzindo a duração do sono e aumentando o consumo de alimentos.

Segundo a pesquisadora Leslie A. Lytle, o sono tem sido reconhecido como um importante comportamento de saúde, mas os cientistas estão apenas começando a reconhecer a relação com o sobrepeso e com a obesidade tanto em crianças, como adultos. Por isso, mais estudos são necessários para desvendar as razões concretas dessa relação.

Homens também podem sofrer de depressão pré-natal e pós-parto


A depressão pós-parto é bem conhecida e estudada em mães, mas também acomete os pais. Cerca de 10% dos homens que são ou irão ser pais também sofrem de depressão, antes ou após o nascimento do bebê, segundo uma pesquisa apresentada no Journal of American Medical Association.

Os pesquisadores analisaram 43 estudos de mais de 28 mil homens que tinham sido pais recentemente. Destes, 10,4% apresentavam os sintomas da depressão entre o primeiro trimestre e o primeiro ano de vida do bebê.

O pesquisador James F. Paulson, da Eastern Virginia Medical School, EUA, ressaltou que o índice de pais deprimidos é duas vezes maior do que o geralmente visto em homens adultos, pos isso, o problema é assunto de saúde pública e algo que os médicos precisam aprender a lidar.


Os pesquisadores mostraram também que os pais que estavam mais propícios a ter a depressão, antes ou após o nascimento do bebê, eram aqueles que as mães também sofriam com a condição.

As possíveis causas da depressão paterna podem ser hormonais, pois a depressão pós-parto tem sido vista como distúrbio da maternidade.

No entanto, a nova descoberta precisa ser melhor pesquisada para que haja uma explicação mais palpável.

Os sintomas da depressão paterna incluem tristeza, perda de interesse, problemas de sono e perda de apetite. Casos mais profundos podem envolver também irritabilidade e afastamento da família. Tanto a depressão materna quanto a paterna pode ter efeitos negativos sobre as crianças. Algumas pesquisas mostram que as crianças têm problemas emocionais e comportamentais, quando seus pais ficam deprimidos durante os períodos pré-natal e pós-parto.


Aprenda a observar o comportamento do seu filho

Rebeldia, preguiça, falta de atenção ou de força de vontade?











Alguns sintomas são nítidos e podem revelar que o seu filho pode ser portador de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Uma condição neurobiológica freqüente, acometendo ambos os sexos e todas as idades, com prevalência de 5 a 10% de crianças em idade escolar em todo o mundo.

O que há alguns anos poderia parecer rebeldia, preguiça ou falta de interesse e força de vontade, foi identificado há quase um século e hoje sabemos que se trata de um transtorno provocado por alterações no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais.

Ao contrário do que se imaginava, o TDAH não é uma condição inocente e benigna . Em virtude do significativo impacto adverso causado ao longo da vida, em que se pese, entre outros, o sentimento de fracasso precoce relatado por grande parte de seus portadores, o TDAH é uma condição séria que exige diagnóstico precoce e tratamento correto.

Vários pacientes relatam que passaram anos sendo chamados de preguiçosos, desmiolados , sem futuro , no mundo da lua , a mil por hora , etc., tanto por conta dos problemas escolares que apresentavam como pela dificuldade que tinham em obedecer a seus pais, professores e de seguirem regras.

Em casos como esses, a vida costuma evoluir de modo disfuncional e desadaptativo, muito aquém do esperado, com o aparecimento de múltiplas seqüelas emocionais, insucessos crônicos, sob uma espiral decrescente de vida.

Como posso saber quem tem o TDAH?
O TDAH tem três grandes eixos sintomatológicos, o de desatenção, o de hiperatividade e o da impulsividade. Quem apresentar alguns dos sintomas abaixo, causando sofrimento, prejuízos e queda no rendimento diário e na qualidade de vida, pode ter o TDAH e deve ser submetido a uma avaliação médica.

Sintomas mais comuns de desatenção:
Freqüentemente: não presta atenção a detalhes, erra por descuido nos deveres escolares ou outras atividades, dificuldade em manter a atenção em tarefas ou jogos, parece não escutar o que lhe falam, não obedece a instruções passo-a-passo, não completa deveres ou tarefas, dificuldade de se organizar em trabalhos ou atividades, evita ou reluta em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental prolongado (deveres escolares ou trabalhos de casa), perde objetos necessários para suas atividades (brinquedos, deveres escolares, lápis, livro, óculos, celular, etc.), se distrai facilmente devido a estímulos externos, esquece-se freqüentemente de suas atividades diárias, entre outros.

Sintomas mais comuns de hiperatividade e impulsividade:
Freqüentemente: mexe as mãos ou os pés ou se revira na cadeira, se levanta em sala de aula ou em outras situações nas quais o esperado é que ficasse sentado, corre ou sobe em locais inadequados (em adolescentes ou adultos, pode se limitar a uma sensação subjetiva de inquietação), dificuldade em brincar ou praticar qualquer atividade de lazer sossegadamente, está sempre muito ocupado ou age como se estivesse "elétrico", fala em excesso, responde precipitadamente antes de ouvir a pergunta toda, dificuldade em esperar sua vez, interrompe ou se intromete na fala dos outros, entre outros.

Outros sintomas comuns:
Auto-estima baixa, sonolência diurna, pavio-curto, explosões afetivas, estado emocional pode oscilar várias vezes ao dia, prejuízo nas funções executivas (planejar, focar, decidir, realizar trabalhos e metas, etc.), dificuldade de auto-controle, de inibir comportamentos inadequados, dificuldade de gerenciamento do tempo e de se motivar para iniciar o dia e para tarefas de baixa motivação ou de recompensa tardia.

Como tratar?
O tratamento é fundamentalmente medicamentoso e o medicamento de primeira linha é o metilfenidato (padrão-ouro), que tem alto poder de eficácia e é aprovado pelo FDA e ANVISA. É realizado pelo médico, geralmente o psiquiatra especialista em saúde mental da infância e adolescência (ou o neurologista ou pediatra especializados no assunto). Pode incluir a psicoeducação, orientação e suporte a pais e educadores, feitos por psicólogo. Em alguns casos, é necessário um tratamento mais abrangente, com a intervenção de psicopedagogo e ou de fonoaudiólogo. Parcerias indesejáveis Em 2/3 dos casos, o TDAH não vem sozinho.

Outras condições psiquiátricas aparecem no curso da doença, dificultando o diagnóstico e prognóstico, como os transtornos do humor (depressão, distimia, transtorno do humor bipolar), transtornos de ansiedade (ansiedade generalizada, ansiedade de separação, medos e fobias, enurese noturna) tiques, Síndrome de Tourette, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de aprendizagem (dislexia, discalculia, disortografia), transtorno opositivo desafiador, transtorno de conduta, abuso de álcool e ou drogas.

Essas parcerias, chamadas de comorbidades, precisam ser tratadas em paralelo ao tratamento do TDAH. No mundo inteiro, existem associações altamente respeitadas com o objetivo de estudar e divulgar o TDAH. No Brasil, temos a ABDA - Associação Brasileira de Déficit de Atenção, com sede no Rio de Janeiro.

GULA

Impulso dá prazer, mas pode desencadear doenças graves como obesidade e bulimia

Ela é fato tão presente na vida das pessoas que até foi incluída na lista dos 7 Pecados Capitais, ganhou dia de comemoração ( todos os dias 26

de janeiro) e não há quem não tenha resistido ou capitulado a ela ao menos uma vez: a gula.

Se exceder na quantidade de comida e de bebida pode provocar um prazer enorme, mas, por outro lado, traz consequências não tão agradáveis à saúde e bem- estar do nosso corpo, como o sobrepeso e até a obesidade.

Mas por que será que é tão difícil dizer não às tentações gastronômicas da geladeira, das padarias, restaurantes, supermercados e das ruas?

"Quando comemos, nosso cérebro recebe uma carga de dopamina, hormônio responsável pelo prazer. Ao olha

r o alimento, ficamos com vontade de degustá-lo, porque nosso cérebro lembra-se do prazer que sentimos quando esta comida é consumida e aparece a vontade de comer determinado prato?, explica a nutróloga Paula Cabral, da Clínica Hagla, no Rio de Janeiro.

"O problema é quando este prazer que é benéfico para a saúde, age de forma descompensada no organismo e necessitamos de mais comida para que a produção de dopamina seja estimulada, daí comermos para satisfazer a gula e não a fome ", continua.



Os dois lados da gula

A gula é considerada um distúrbio alimentar, que se caracteriza pelo uso da comida como compensação por algo que não está indo bem em outras áreas da vida.

De origem emocional, ela desencadeada, principalmente por decepções. "É como se a pessoa descontasse a sua frustração nos alimentos", explica a nutróloga.

"Quando passamos a comer por impulso, ou seja, muito mais do que precisamos, as taxas de insulina em nosso organismo aumentam e nosso corpo se acostuma a ingerir sempre a mesma quantidade de alimentos, daí o aumento de peso", Paula.

Mas nem sempre ela deve ser vista como vilã. A gula é positiva quando funciona como uma reação natural do organismo diante da vontade de comer um determinado alimento e não interfere na saúde.

Quando é assim, a gula se apresenta de forma isolada e esporadicamente. "É muito bom quando ela está ligada a nossa vontade de comer um doce ou o almoço de domingo. Matamos a vontade de saborear as receitas, sentimos bem-estar e prazer e não prejudicamos nossa saúde física e mental", explica.

Quando comemos, nosso cérebro recebe uma carga de dopamina, hormônio responsável pelo prazer

O lado negro da comilança é que ela pode se transformar facilmente em um transtorno e provocar doenças, alterando o funcionamento físico e mental de nosso organismo. Só que muitas vezes a pessoa demora a se dar conta que a gula está fazendo mal.

"Normalmente, a consciência vem quando o peso já está bem acima do normal", diz Paula. Alguns de seus efeitos mais graves são:

-Obesidade: é o efeito mais comum da gula, já que a pessoa que come por impulso, em geral, não percebe de imediato que está com um distúrbio. "Como os níveis de insulina sobem e o organismo se acostuma com aquela nova quantidade de alimentos que a pessoa passa a ingerir por compulsão, o ganho de peso é inevitável", diz Paula.

- Provocar mais frustração e tristeza na medida em que a pessoa percebe que não está conseguindo resolver sua dor emocional através da comida.

"A paciente não consegue aliviar a dor ao comer muito e fica ainda mais deprimida, porque sabe que está exagerando na dose e vai engordar. O resultado desta situação é um problema duplo: a insatisfação com a vida emocional e com o próprio corpo", explica Paula.

-Anorexia e bulimia: a gula pode ser responsável por desencadear os dois problemas, já que em ambos os casos o paciente passa a estabelecer uma relação deturpada com os alimentos em função de aspectos emocionais. "A anorexia e a bulimia podem se manifestar quando a pessoa engorda demais em razão desta gulodice e para de comer ou rejeita os alimentos numa tentativa de perder peso".

Controlando a gula

A nutróloga Paula Cabral explica que o tratamento para a gula deve ser interdisciplinar e envolver nutricionistas e psicólogos para que causas e efeitos sejam controlados: "Não adianta fazer um tratamento alimentar com uma dieta equilibrada, se a paciente não resolveu seus traumas emocionais. Para que o problema seja resolvido, deve haver um equilíbrio entre corpo e mente", explica Paula Cabral.

Fique de olho nas dicas da especialista:

1.Reeduque seu cérebro, para trabalhar a compulsão pela comida. Antes de descontar as suas frustrações na comida, procure repensar suas atitudes e tente achar a origem do problema, assim, verá que comer demais não é a solução.

2. Coma devagar e apenas quando tem vontade de comer.

3. Não se prive de comer. "Às vezes trocamos o sorvete pela cenoura só para dizer que controlamos nosso impulso, mas depois de alguns minutos, tomamos o sorvete também. O segredo não está na restrição alimentar e sim na quantidade de alimentos que ingerimos", explica.

Vitamina A contra gula

Os últimos estudos envolvendo vitamina A têm tudo para mudar completamente o conceito de quem acha que, no máximo, ela é boa para a saúde dos olhos.

É que a vitamina A acaba de ser apontada como a mais nova aliada contra a obesidade. Estudos recentes realizados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro apontam a relação deste nutriente com a leptina, o chamado hormônio da saciedade.

"A vitamina A pode ser encontrada em vegetais e frutas de tons alaranjados, como o mamão, laranja, abóbora e cenoura", explica a nutricionista Roberta Stella. Segundo as pesquisas, a falta da vitamina A diminui a produção de leptina, causando ataques de gula.

Por outro lado, quando os níveis de vitamina A estão abaixo da necessidade do organismo, as células de gordura (adipócitos) se multiplicam com maior facilidade.

E o que é pior: elas não só aumentam de quantidade, mas também de tamanho, provocando aumento de gordura localizada no corpo.

Terapia de Casal


Quando falamos em terapia, logo vem aquele velho preconceito à mente: Não sou louco para precisar de terapia . Infelizmente, ainda a maior parte das pessoas não tem a exata noção do que significa esse tipo de tratamento.
A terapia tem por finalidade que as pessoas parem tudo o que estiverem fazendo por um período de uma a duas horas semanais, para que se dediquem a olhar para si, para sua vida, suas relações com as pessoas; repensar suas atitudes e dificuldades, enfrentar sentimentos difíceis de se lidar, assim como perdas que devem ser elaboradas, enfim, é um momento onde a pessoa revê sua vida para melhorá-la e procurar ser mais feliz.
Para tanto, conta com a ajuda de um profissional formado e capacitado que, com sua escuta atenta e observadora, leva o indivíduo a olhar para dentro de si, descobrindo, assim, novas possibilidades de ação e e solução de conflitos.
A terapia de casal foca prioritariamente a relação, não aprofundando em questões internas de cada um separadamente. Porém, sabemos que para haver uma relação é necessário que duas pessoas com suas histórias de vida distintas se unam; portanto, cada uma será levada em conta, mas apenas no que diz respeito a aspectos que interferem na relação atual. Na escolha do cônjuge sempre existem aspectos inconscientes envolvidos: nada se dá por acaso, algum ganho sempre está por trás de uma escolha. Por exemplo: é comum nos apaixonarmos por aqueles que mais parecem nossos opostos, não tendo nada em comum... No fundo, buscamos no outro o que gostaríamos de ter ou ser, e se um dia ele resolve mudar o seu jeito, a relação não faz mais sentido. Na verdade estamos nos relacionando com a parte idealizada de nós mesmos!
Outra fatalidade que comumente acontece é a vontade inconsciente de buscar no parceiro uma cópia do pai ou da mãe, e esperar que ele funcione de acordo com o que sempre se viu nos pais. Este tipo de relação está fadado ao fracasso, a menos que isso seja explicitado e trabalhado para que cada um seja aceito e admirado por aquilo que se é, como ser único.
Na terapia de casal temos a oportunidade de rever a vida a dois, muitas vezes desgastada pelo acúmulo de pequenos desencontros do dia-a-dia. É um espaço apropriado para facilitar o diálogo e a conseqüente resolução de conflitos, repensando, modificando e fortalecendo a relação conjugal.
Poderia dar aqui inúmeros exemplos de relações não saudáveis que se beneficiariam e muito com este trabalho, mas por uma questão de espaço, gostaria de chamar a atenção para aquilo que mais freqüentemente observo em meu consultório: cada vez mais testemunho o quanto a falta de diálogo deteriora as relações, assim como o entendimento equivocado da fala do outro com interpretações distorcidas acabam por levar a inúmeras e desgastantes brigas.
Não precisamos só saber falar, mas também saber ouvir o que o outro está dizendo e entender o verdadeiro conteúdo que está sendo comunicado. Numa terapia de casal, isso é detectado e treinado, para que os cônjuges possam transformar verdadeiramente sua relação em algo mais equilibrado e transparente.
Porém, há situações onde o desgaste já é tão grande, onde o amor já não existe, que o melhor mesmo é a separação. Essa também é uma das funções desta terapia, proporcionando ao casal um clima de maior harmonia e diálogo, para que a separação se realize de forma madura e responsável, e, caso haja filhos, que estes sejam minimamente afetados.
Se você sente alguma dificuldade em seu relacionamento conjugal, lembre-se de que o quanto antes elas forem resolvidas, maior a chance do casamento se reerguer, pois pequenos conflitos quando devidamente trabalhados podem ser motivo de crescimento para o casal, mas quando se tornam grandes podem não ter mais uma solução amigável.

Síndrome do Desejo Sexual Hipoativo (DSH)

Perda gradativa do desejo sexual afeta a saúde feminina.

Causas da síndrome do desejo sexual hipoativo podem ser físicas ou psicológicas.




A desculpa da dor de cabeça, nem sempre, é uma escolha. Muitas mulheres sofrem de uma disfunção que inibe a vontade de fazer sexo, a síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH). O problema, além de trazer instabilidade conjugal, pode atrapalhar a saúde. Cansaço, indisposição, briga com o parceiro, envolvimento com o trabalho, podem tirar o foco da vida sexual, porém, a ausência de vontade por muito tempo pode sinalizar o problema. "A mulher vive sob influência de ciclos e é muito suscetível às diferentes fases pelas quais passa: menstruação, gravidez, menopausa. Por isso, o desejo delas por sexo varia de acordo com esses ciclos. É natural, mas a mulher precisa ficar atenta, caso isso se repita por muito tempo", explica a psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, do projeto Afrodite, da Unifesp.


A disfunção é mais comum do que se imagina. A síndrome do desejo sexual hipoativo faz com que 35% das mulheres brasileiras vá para cama com o parceiro apenas para dormir, sem sentir a menor falta do relacionamento sexual. A síndrome é considerada séria pelos médicos, na medida em que afeta a saúde das mulheres, deixando-as mais fragilizadas. Mas a DSH não acontece de uma hora para outra. Normalmente, as mulheres que sofrem com a síndrome perdem gradativamente a vontade sexual. As causas dessa diminuição podem ser tanto físicas como psicológicas.

Causas físicas

A jornada extensa de afazeres pode impactar a saúde sexual. "As mulheres começaram a assumir multifunções. Precisam ser mães, esposas, cuidar da casa, da comida e trabalhar fora. Isso tudo eleva os níveis de estresse, aumentando os níveis de adrenalina e de cortisol no corpo, hormônios que provocam a diminuição da libido", explica a psicóloga Arlete Gavranic, terapeuta sexual do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp).

Além do estresse, a depressão também é uma das razões que leva as mulheres a perderem a disposição, inclusive para o sexo. O desgaste físico e psicológico proporcionados pela depressão influencia negativamente o comportamento da mulher, mas também os remédios antidepressivos, assim como alguns tipos de anticoncepcionais, também levam a diminuição da vontade sexual. Nesses casos, a melhor solução é o tratamento com remédios que não causem esse efeito.

Alterações hormonais, provocadas por algumas doenças ou pela menopausa podem ser a causa da DSH. "Quando ocorre diminuição dos níveis de testosterona, hormônio responsável pelo desejo sexual, a vontade por sexo fica reduzida. O ideal é que seja feita a reposição, através da indicação médica, por meio de medicamentos para que não afetem a vida sexual da mulher", explica Maria Claudia.


Causas psicológicas

De acordo com a sexóloga Maria Claudia, as causas psicológicas são as grandes responsáveis pela síndrome DSH, uma vez que as mulheres são muito sensíveis e, em geral, não conseguem separar problemas mal resolvidos do prazer sexual. "Problemas como a dificuldade de relacionamento com o parceiro, falta de confiança, mágoa ou frustrações acumuladas, baixa autoestima, desvalorização, entre outros fatores derivados dos relacionamentos pessoais fazem com que as mulheres passem a considerar o sexo como algo inviável em sua vida", explica a especialista da Unifesp.

Geralmente, essas frustrações acontecem com mulheres mais velhas, porém, a síndrome do desejo sexual hipoativo afeta também muitas mulheres jovens. Quando isso ocorre, é normalmente decorrência de uma educação repressiva, que trata o assunto sexo como tabu ou de questões religiosas, que reprimem o prazer sexual. "Isso tende a deixar o entusiasmo e o nível de energia da mulher jovem reduzidos, na medida em que ela não entende as transformações internas pelas quais seu corpo passa", esclarece Maria Claudia.

No caso de problemas psicológicos, o tratamento mais aconselhado é a terapia sexual, que vai trabalhar os aspectos ligados à educação sexual, a desmistificação das práticas sexuais, o enfoque corporal e a conscientização dos benefícios e problemas. "Em geral, esses tratamentos são lentos, demorando de seis meses a um ano, mas são eficientes, uma vez que a mudança ocorre de dentro para fora", diz a especialista da Unifesp.

O maior desafio da medicina nessa área é a invenção de medicamentos que estimulem o desejo sexual feminino. Diferentemente dos homens, nas mulheres a vascularização da região vaginal não é o motivo da disfunção, pelo fato da diminuição da libido estar associada às emoções. Por isso, a psicoterapia com um especialista em sexualidade ainda é a forma mais garantida de tratamento.

Falta de vontade ou DSH?

O fato de a mulher não ter vontade de fazer sexo todo dia não que dizer que ela está sofrendo da síndrome do desejo hipoativo. Para chegar a esse estágio, a mulher tem que estar muito tempo imersa no processo de recusa sexual, meses e até anos. As mulheres que sofrem com isso, costumam demorar para perceber, já que a diminuição do desejo ocorre lentamente. A terapeuta sexual Arlete Gavranic recomenda que as mulheres que começam a notar falta de desejo sexual, façam uma autoavaliação, que contenham as seguintes perguntas:

- Com que frequencia eu me recuso a ter relações sexuais?

- Sinto preguiça na hora que estou com meu parceiro?

- Costumo investir ou ter vontade de investir em produtos que aumentam a energia sexual, como lingeries, objetos eróticos ou livros e revistas que tratem do assunto?

- Qual a qualidade do meu relacionamento a dois?

Não deixe que problemas emocionais atrapalhem sua vida sexual

Como a DSH está ligada basicamente às emoções é possível tomar medidas que contribuam para a constante estimulação sexual. "É importante se permitir conhecer o corpo, aprender a pensar que o interesse por sexo não é vergonhoso, e muito menos a prática dele, viver bem com o próprio corpo e aceitar as mudanças que acontecem naturalmente com o envelhecimento, descobrir que é possível ser sensual em qualquer fase da vida e, principalmente, limpar a "lixeira emocional" para que as mágoas e tristezas não fiquem acumuladas e causem mal para a saúde", explica a terapeuta sexual Arlete Gavranic.

O que é o Homem?


Tendo em vista o estado de Calamidade que se encontra o Rio de Janeiro, comecei a questionar quais os tipo de homens que estão no poder. Logo, lembrei-me do texto do Feud "Mal estar na civilização", onde cita que o homem é o lobo do homem e isso me remete ao homem de hoje. Cada um só pensa no seu umbigo, homens cada vez mais egoístas e mais ricos, desviando dinheiro para melhorias do povo, etc Homens que destroem uns aos outros com sua ganância, em busca de seu próprio bem-estar. Homens que estão destruindo seu próprio habitat em troca de que??? Enfim, meu raciocínio ta confuso com tantas atrocidades, não sai mais nada.
Amanda Pereira



Complexo, multifacetado, em constante processo de evolução. Pensadores de diversas áreas tais como antropólogos, sociólogos, psicólogos e sobretudo, filósofos estudam este diferenciado animal político. A seguir, uma breve exposição de algumas características que nos distinguem.

Ao observar que fecundar entre os seus (endogamia) gerava monstruosas aberrações, seres inaptos e dependentes que, ao invés de contribuir para manutenção e aprimoramento do clã, acabavam por se tornar um estorvo, prejudicando todo bando, o homem, com a proibição, o interdito do incesto, procria com membros de outros grupos (exogamia), estabelecendo assim a diferenciação primeva e mais notória de sua categoria animal: racional.

Sigmund Freud (1856-1939), identifica um sistema ternário inerente à condição psíquica humana: origem, sexo e morte. Eros e Tánatos: pulsão de libido (ação) e de morte (não-ação, repouso). Órfão, numa cega e desesperada curiosidade genealógica é homoreligious, em sua eterna busca pelas origens, pelo Pai, à procura do Criador.

Ser de alteridade, ou seja, tem sua presença atestada por outro Ser: só existo à partir do momento em que o Outro me confere existência. Sobre esta temática é interessante conferir a famosa peça de teatro do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) “Hui Clô”, traduzida para o português com o título de “Entre quatro Paredes”, onde quatro pessoas morrem e vão parar no inferno. No ambiente fechado, entre quatro paredes, vivem a angústia de ficar imaginando o que o outro está pensando que se está pensando. Conclui-se que “o inferno são os outros”.

O homem é também um angustiado Ser para a morte, cônscio da finitude, embora rotineiramente se esquive de pensar no fim. Tabu, esse tema é deletado, como se a vida já não implicasse em morte, como se por trás de todo berço não houvesse um túmulo.

Axiológico, estabelece valores, hierarquiza prioridades, sendo que estes valores servem, antes de tudo, ao princípio freudiano de buscar o prazer e evitar a dor.

Homolaborius, trabalha e constata ser um sujeito dotado de perfectibilidade, ou seja, sempre capaz de aprimoramento contínuo. Homoludens, brinca: canta, dança, cria, pinta, borda e, na arte, transcende, atinge, toca e é tocado pelo sublime.

Ser de linguagem, decodifica, nomeia, apreende, registra, transfere conhecimentos. Será também graças à linguagem que será capaz de mentir, podendo representar o que é bem sob aparência de mal, e o que é mal sob a aparência de bem. Paradoxalmente, quanto mais esvaziado, mais tende à tagarelice, típica das massas.

Descobre-se Sujeito histórico, constata e reconstitui o progresso de sua evolução no mundo, avalia, pondera e, conforme sua vontade, direciona energia empenhando-se em atingir um télos (finalidade/objetivo) já estabelecido por seus valores, fruto de seus desejos.

Aristóteles define o homem como sendo Zoopolitiken. Aqui, entendemos o animal político como sendo um Ser de “acordos”. Não necessariamente justos, como bem o queria o filósofo grego Platão, quando enaltecia a simetria, harmonia e eqüidade, enfim, a Justiça.

Sendo seu próprio adversário, como bem sintetizou o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) “o homem é o lobo do homem”, luta para dominar, conquistar, preservar e muitas vezes, desrespeitar, usurpando o direito do Outro, estabelecendo limites aos estrangeiros (estranhos), erigindo muros, limites e fronteiras. Mesmo quando esse estranho é objeto de seu amor e devoção.

Como salientamos no início, o homem é um Ser complexo em processo de vir-a-ser. Mas será como intolerante Ser de Fronteiras, estabelecedor de limites, que o homem conservará e revelará sua mais animalesca característica: a de delimitador de território – Meu imenso país, possui muitas riquezas naturais; Na minha cidade se trabalha; Meu bairro é o mais arborizado; Minha rua é a mais enfeitada; Na minha casa não! Ou: este é o meu quarto, deixe-o como está; E, mesmo em seu quarto, junto a quem ama, não o subestimem: este é o meu lado da cama.

Seja na visão da floresta como um todo, ao observarmos as grandes nações mundiais e suas políticas de exclusões, ou na observação singular da árvore do cotidiano, é na ferrenha manutenção de fronteiras, na preservação de imensas barreiras, que o homem conserva distâncias e garante sua vasta solidão no mundo.


Grelina, o Hormônio da FOME


Grelina é um hormônio produzido pelo estômago. Quando está vazio, ele age no cérebro e dispara a sensação de fome. Na medida que a pessoa ingere o alimento ele vai diminuindo sua concentração.

Esse hormônio, o grelina, foi descoberto por pesquisadores japoneses em 1.999, mas foram cientistas britânicos que revelaram ser ele um estimulante da fome. Pesquisadores da Califórnia e da Universidade de Washington analisaram sangue de pessoas que seguiam uma dieta e de outras submetidas à cirurgia conhecida como "marca-passo gástrico", que diminui a capacidade do estômago, reduzindo a fome.
Descobriram, então, que os operados produziam uma quantidade menor de "Grelina". Também constataram que o contato de nutrientes com a parede do estômago torna mais lenta a produção do hormônio. Por outro lado, lembramos que quando os alimentos passam do estômago para os intestinos há a liberação do hormônio PYY, que também age no cérebro, ativando o centro da saciedade, diminuindo a fome.
O segredo da alimentação no controle da obesidade está em utilizar esses conhecimentos. Os carboidratos simples, como a batata e os doces, são absorvidos antes que os intestinos liberem o hormônio PYY inibidor da fome. O excesso de carboidratos se transforma em gordura para ser armazenada, podemos usar esse conhecimento e melhorar a nossa forma de alimentação.
As proteínas e as gorduras, principalmente das carnes, passam mais rapidamente para os intestinos liberando logo o hormônio PYY e provocando mais rápida a sensação de saciedade.
Na sua alimentação normal, o brasileiro costuma comer tudo junto, ou seja, salada, arroz, feijão, carne e legumes. Se raciocinarmos de acordo com a liberação dos hormônios citados, respeitando seus tempos, poderemos ter melhores resultados no emagrecimento.
Não sei como as pessoas verão a inversão de ingestão dos alimentos, trocando a ordem. Por exemplo, se ingerirmos primeiro a carne, as verduras, os legumes e somente depois o arroz e o feijão. Essa ordem pode melhorar a liberação dos hormônios.
Outra coisa a fazer é não ficar muito tempo com o estômago vazio. O melhor é comer poucas quantidades mais vezes ao dia. Com calma pode-se elaborar a melhor forma de alimentação aproveitando esses conceitos modernos.
Pense sobre isso.

Síndrome da Solidão é uma das maiores queixas da sociedade contemporânea



Dizem que a solidão é a maior doença social deste século, mas as pessoas sempre conviveram com este problema durante toda a história da humanidade.

Apesar de ser mais visível nos dias atuais, em conseqüência da grande população e da agitação dos grandes centros urbanos, a solidão sempre foi responsável pela diminuição do relacionamento social entre as pessoas.

Para a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, a violência, a insegurança, o medo, o cansaço após uma longa semana de trabalho, o orçamento doméstico apertado, as novas tecnologias da comunicação, a televisão, a moradia em apartamento, entre outros, estão fazendo com que o homem, nas grandes cidades, fique cada vez mais só.

“É uma solidão que adoece as pessoas, social e organicamente, provocando irritação, discussões entre os casais, brigas entre as famílias, atrapalhando a vida conjugal e familiar, podendo levar a problemas maiores como alcoolismo e depressão”, esclarece.

Para a médica, solidão é não interagir, e isso, literalmente, significa não se relacionar em primeiro lugar com você mesmo e, em segundo, com outras pessoas. “Os solitários acham que são os outros que não interagem e que se afastam deles. Mas, na verdade, é uma reação em cadeia, o solitário se fecha e, é claro, vai passar despercebido ou é isolado, por ser negativo ou depressivo”, explica Soraya.

A Síndrome da Solidão ocorre, geralmente, com pessoa com baixa auto-estima, sem ideais estabelecidos, que se faz de vítima ou, ainda pior, extremamente exigente e arrogante.
Ela alerta para a possibilidade da solidão trazer o risco de isolamento quando é exagerada e encobre dificuldades no contato social.

A psicanalista afirma que ter um ou vários hobbies não deixa de ser uma alternativa interessante para preencher o tempo vago e evitar a solidão.
Além disso, é preciso que as pessoas se sintam à vontade e dispostas para cultivarem todo tipo de relacionamento”, garante Soraya.

Conviver bem com a família, com os amigos e procurar ter sempre relacionamentos satisfatórios é a dica da psicanalista para uma vida mais completa e feliz.

Elogie-se e fique linda, é o que garante estudiosa inglesa


Gastos com cremes anti-idade são desnecessários, segundo a inglesa Nikki Owen, uma profissional de programação neurolinguística e comentarista de TV. Para ela, a maneira mais simples e econômica de manter a aparência jovem é dizer coisas gentis para si mesmo e encarar a vida de maneira mais feliz.

Nikki fez um experimento simples com o intuito de provar o seu ponto de vista. Utilizou uma maçã, porque tem teor de água semelhante ao do corpo humano (60%). Cortou-a em duas. Colocou uma das metades em um frasco com o rótulo "amor" e falou coisas amáveis a ela por uma semana. A outra metade permaneceu em um recipiente com a palavra "ódio" e ouviu palavras rancorosas. No fim, a parte odiada estava em um estado consideravelmente pior de deterioração que a outra.

Nikki disse ao jornal Daily Mail que quando se considera que nossos corpos são cerca de 60% de água também, começa a fazer sentido que os sentimentos positivos afetem nossa mente e corpo. "Ser rancoroso pode criar podridão e deterioração", disse.

A teoria de Nikki é baseada no trabalho do cientista japonês Masaru Emoto, realizador de inúmeras pesquisas que sugerem que as moléculas de cristais de água podem ser afetadas pelos pensamentos, palavras e sentimentos, o que determina a forma dos cristais. Seus testes revelam que as moléculas expostas a ambientes felizes e amáveis ficam mais bonitas e simétricas, enquanto as expostas a influências desagradáveis se mostram disformes.


Será que os médicos e psicólogos concordam com isso?

O cosmiatra Patrick Bowler é cético em relação à maçã, mas acha que Nikki tem certa razão. Segundo disse ao jornal inglês, há muitos estudos examinando os efeitos do pensamento positivo sobre o sistema imunológico das pessoas com doenças como o câncer. Para ele, aqueles que são positivos parecem se sair muito melhor do que aqueles que são infelizes e desistem. "Mais trabalhos precisam ser feitos, mas é verdade que, se você se sentir positivo sobre si mesmo, é provável que pareça mais radiante e, portanto, mais jovem", afirmou à publicação. "Ser feliz e positivo é apenas uma parte de parecer mais jovem, no entanto. Sua dieta, estilo de vida e a genética terão sempre um papel importante."


A psicóloga Helen Nightingale, por sua vez, apoia a ideia. "É evidente que apenas dizer coisas boas para si mesmo não vai magicamente apagar rugas. Mas você é o que pensa. Então, seus pensamentos vão sempre ter impacto no seu comportamento, humor, corpo e aparência", afirmou ao Daily Mail. Nikki aconselha olhar para o seu reflexo no espelho e dizer como está maravilhoso. A melhora no rosto seria quase imediata. Verdade ou não, o bom é que não custa tentar.