Homens também podem sofrer de depressão pré-natal e pós-parto


A depressão pós-parto é bem conhecida e estudada em mães, mas também acomete os pais. Cerca de 10% dos homens que são ou irão ser pais também sofrem de depressão, antes ou após o nascimento do bebê, segundo uma pesquisa apresentada no Journal of American Medical Association.

Os pesquisadores analisaram 43 estudos de mais de 28 mil homens que tinham sido pais recentemente. Destes, 10,4% apresentavam os sintomas da depressão entre o primeiro trimestre e o primeiro ano de vida do bebê.

O pesquisador James F. Paulson, da Eastern Virginia Medical School, EUA, ressaltou que o índice de pais deprimidos é duas vezes maior do que o geralmente visto em homens adultos, pos isso, o problema é assunto de saúde pública e algo que os médicos precisam aprender a lidar.


Os pesquisadores mostraram também que os pais que estavam mais propícios a ter a depressão, antes ou após o nascimento do bebê, eram aqueles que as mães também sofriam com a condição.

As possíveis causas da depressão paterna podem ser hormonais, pois a depressão pós-parto tem sido vista como distúrbio da maternidade.

No entanto, a nova descoberta precisa ser melhor pesquisada para que haja uma explicação mais palpável.

Os sintomas da depressão paterna incluem tristeza, perda de interesse, problemas de sono e perda de apetite. Casos mais profundos podem envolver também irritabilidade e afastamento da família. Tanto a depressão materna quanto a paterna pode ter efeitos negativos sobre as crianças. Algumas pesquisas mostram que as crianças têm problemas emocionais e comportamentais, quando seus pais ficam deprimidos durante os períodos pré-natal e pós-parto.


Aprenda a observar o comportamento do seu filho

Rebeldia, preguiça, falta de atenção ou de força de vontade?











Alguns sintomas são nítidos e podem revelar que o seu filho pode ser portador de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Uma condição neurobiológica freqüente, acometendo ambos os sexos e todas as idades, com prevalência de 5 a 10% de crianças em idade escolar em todo o mundo.

O que há alguns anos poderia parecer rebeldia, preguiça ou falta de interesse e força de vontade, foi identificado há quase um século e hoje sabemos que se trata de um transtorno provocado por alterações no desenvolvimento de algumas áreas cerebrais.

Ao contrário do que se imaginava, o TDAH não é uma condição inocente e benigna . Em virtude do significativo impacto adverso causado ao longo da vida, em que se pese, entre outros, o sentimento de fracasso precoce relatado por grande parte de seus portadores, o TDAH é uma condição séria que exige diagnóstico precoce e tratamento correto.

Vários pacientes relatam que passaram anos sendo chamados de preguiçosos, desmiolados , sem futuro , no mundo da lua , a mil por hora , etc., tanto por conta dos problemas escolares que apresentavam como pela dificuldade que tinham em obedecer a seus pais, professores e de seguirem regras.

Em casos como esses, a vida costuma evoluir de modo disfuncional e desadaptativo, muito aquém do esperado, com o aparecimento de múltiplas seqüelas emocionais, insucessos crônicos, sob uma espiral decrescente de vida.

Como posso saber quem tem o TDAH?
O TDAH tem três grandes eixos sintomatológicos, o de desatenção, o de hiperatividade e o da impulsividade. Quem apresentar alguns dos sintomas abaixo, causando sofrimento, prejuízos e queda no rendimento diário e na qualidade de vida, pode ter o TDAH e deve ser submetido a uma avaliação médica.

Sintomas mais comuns de desatenção:
Freqüentemente: não presta atenção a detalhes, erra por descuido nos deveres escolares ou outras atividades, dificuldade em manter a atenção em tarefas ou jogos, parece não escutar o que lhe falam, não obedece a instruções passo-a-passo, não completa deveres ou tarefas, dificuldade de se organizar em trabalhos ou atividades, evita ou reluta em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental prolongado (deveres escolares ou trabalhos de casa), perde objetos necessários para suas atividades (brinquedos, deveres escolares, lápis, livro, óculos, celular, etc.), se distrai facilmente devido a estímulos externos, esquece-se freqüentemente de suas atividades diárias, entre outros.

Sintomas mais comuns de hiperatividade e impulsividade:
Freqüentemente: mexe as mãos ou os pés ou se revira na cadeira, se levanta em sala de aula ou em outras situações nas quais o esperado é que ficasse sentado, corre ou sobe em locais inadequados (em adolescentes ou adultos, pode se limitar a uma sensação subjetiva de inquietação), dificuldade em brincar ou praticar qualquer atividade de lazer sossegadamente, está sempre muito ocupado ou age como se estivesse "elétrico", fala em excesso, responde precipitadamente antes de ouvir a pergunta toda, dificuldade em esperar sua vez, interrompe ou se intromete na fala dos outros, entre outros.

Outros sintomas comuns:
Auto-estima baixa, sonolência diurna, pavio-curto, explosões afetivas, estado emocional pode oscilar várias vezes ao dia, prejuízo nas funções executivas (planejar, focar, decidir, realizar trabalhos e metas, etc.), dificuldade de auto-controle, de inibir comportamentos inadequados, dificuldade de gerenciamento do tempo e de se motivar para iniciar o dia e para tarefas de baixa motivação ou de recompensa tardia.

Como tratar?
O tratamento é fundamentalmente medicamentoso e o medicamento de primeira linha é o metilfenidato (padrão-ouro), que tem alto poder de eficácia e é aprovado pelo FDA e ANVISA. É realizado pelo médico, geralmente o psiquiatra especialista em saúde mental da infância e adolescência (ou o neurologista ou pediatra especializados no assunto). Pode incluir a psicoeducação, orientação e suporte a pais e educadores, feitos por psicólogo. Em alguns casos, é necessário um tratamento mais abrangente, com a intervenção de psicopedagogo e ou de fonoaudiólogo. Parcerias indesejáveis Em 2/3 dos casos, o TDAH não vem sozinho.

Outras condições psiquiátricas aparecem no curso da doença, dificultando o diagnóstico e prognóstico, como os transtornos do humor (depressão, distimia, transtorno do humor bipolar), transtornos de ansiedade (ansiedade generalizada, ansiedade de separação, medos e fobias, enurese noturna) tiques, Síndrome de Tourette, transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de aprendizagem (dislexia, discalculia, disortografia), transtorno opositivo desafiador, transtorno de conduta, abuso de álcool e ou drogas.

Essas parcerias, chamadas de comorbidades, precisam ser tratadas em paralelo ao tratamento do TDAH. No mundo inteiro, existem associações altamente respeitadas com o objetivo de estudar e divulgar o TDAH. No Brasil, temos a ABDA - Associação Brasileira de Déficit de Atenção, com sede no Rio de Janeiro.

GULA

Impulso dá prazer, mas pode desencadear doenças graves como obesidade e bulimia

Ela é fato tão presente na vida das pessoas que até foi incluída na lista dos 7 Pecados Capitais, ganhou dia de comemoração ( todos os dias 26

de janeiro) e não há quem não tenha resistido ou capitulado a ela ao menos uma vez: a gula.

Se exceder na quantidade de comida e de bebida pode provocar um prazer enorme, mas, por outro lado, traz consequências não tão agradáveis à saúde e bem- estar do nosso corpo, como o sobrepeso e até a obesidade.

Mas por que será que é tão difícil dizer não às tentações gastronômicas da geladeira, das padarias, restaurantes, supermercados e das ruas?

"Quando comemos, nosso cérebro recebe uma carga de dopamina, hormônio responsável pelo prazer. Ao olha

r o alimento, ficamos com vontade de degustá-lo, porque nosso cérebro lembra-se do prazer que sentimos quando esta comida é consumida e aparece a vontade de comer determinado prato?, explica a nutróloga Paula Cabral, da Clínica Hagla, no Rio de Janeiro.

"O problema é quando este prazer que é benéfico para a saúde, age de forma descompensada no organismo e necessitamos de mais comida para que a produção de dopamina seja estimulada, daí comermos para satisfazer a gula e não a fome ", continua.



Os dois lados da gula

A gula é considerada um distúrbio alimentar, que se caracteriza pelo uso da comida como compensação por algo que não está indo bem em outras áreas da vida.

De origem emocional, ela desencadeada, principalmente por decepções. "É como se a pessoa descontasse a sua frustração nos alimentos", explica a nutróloga.

"Quando passamos a comer por impulso, ou seja, muito mais do que precisamos, as taxas de insulina em nosso organismo aumentam e nosso corpo se acostuma a ingerir sempre a mesma quantidade de alimentos, daí o aumento de peso", Paula.

Mas nem sempre ela deve ser vista como vilã. A gula é positiva quando funciona como uma reação natural do organismo diante da vontade de comer um determinado alimento e não interfere na saúde.

Quando é assim, a gula se apresenta de forma isolada e esporadicamente. "É muito bom quando ela está ligada a nossa vontade de comer um doce ou o almoço de domingo. Matamos a vontade de saborear as receitas, sentimos bem-estar e prazer e não prejudicamos nossa saúde física e mental", explica.

Quando comemos, nosso cérebro recebe uma carga de dopamina, hormônio responsável pelo prazer

O lado negro da comilança é que ela pode se transformar facilmente em um transtorno e provocar doenças, alterando o funcionamento físico e mental de nosso organismo. Só que muitas vezes a pessoa demora a se dar conta que a gula está fazendo mal.

"Normalmente, a consciência vem quando o peso já está bem acima do normal", diz Paula. Alguns de seus efeitos mais graves são:

-Obesidade: é o efeito mais comum da gula, já que a pessoa que come por impulso, em geral, não percebe de imediato que está com um distúrbio. "Como os níveis de insulina sobem e o organismo se acostuma com aquela nova quantidade de alimentos que a pessoa passa a ingerir por compulsão, o ganho de peso é inevitável", diz Paula.

- Provocar mais frustração e tristeza na medida em que a pessoa percebe que não está conseguindo resolver sua dor emocional através da comida.

"A paciente não consegue aliviar a dor ao comer muito e fica ainda mais deprimida, porque sabe que está exagerando na dose e vai engordar. O resultado desta situação é um problema duplo: a insatisfação com a vida emocional e com o próprio corpo", explica Paula.

-Anorexia e bulimia: a gula pode ser responsável por desencadear os dois problemas, já que em ambos os casos o paciente passa a estabelecer uma relação deturpada com os alimentos em função de aspectos emocionais. "A anorexia e a bulimia podem se manifestar quando a pessoa engorda demais em razão desta gulodice e para de comer ou rejeita os alimentos numa tentativa de perder peso".

Controlando a gula

A nutróloga Paula Cabral explica que o tratamento para a gula deve ser interdisciplinar e envolver nutricionistas e psicólogos para que causas e efeitos sejam controlados: "Não adianta fazer um tratamento alimentar com uma dieta equilibrada, se a paciente não resolveu seus traumas emocionais. Para que o problema seja resolvido, deve haver um equilíbrio entre corpo e mente", explica Paula Cabral.

Fique de olho nas dicas da especialista:

1.Reeduque seu cérebro, para trabalhar a compulsão pela comida. Antes de descontar as suas frustrações na comida, procure repensar suas atitudes e tente achar a origem do problema, assim, verá que comer demais não é a solução.

2. Coma devagar e apenas quando tem vontade de comer.

3. Não se prive de comer. "Às vezes trocamos o sorvete pela cenoura só para dizer que controlamos nosso impulso, mas depois de alguns minutos, tomamos o sorvete também. O segredo não está na restrição alimentar e sim na quantidade de alimentos que ingerimos", explica.

Vitamina A contra gula

Os últimos estudos envolvendo vitamina A têm tudo para mudar completamente o conceito de quem acha que, no máximo, ela é boa para a saúde dos olhos.

É que a vitamina A acaba de ser apontada como a mais nova aliada contra a obesidade. Estudos recentes realizados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro apontam a relação deste nutriente com a leptina, o chamado hormônio da saciedade.

"A vitamina A pode ser encontrada em vegetais e frutas de tons alaranjados, como o mamão, laranja, abóbora e cenoura", explica a nutricionista Roberta Stella. Segundo as pesquisas, a falta da vitamina A diminui a produção de leptina, causando ataques de gula.

Por outro lado, quando os níveis de vitamina A estão abaixo da necessidade do organismo, as células de gordura (adipócitos) se multiplicam com maior facilidade.

E o que é pior: elas não só aumentam de quantidade, mas também de tamanho, provocando aumento de gordura localizada no corpo.