Terapia de Casal


Quando falamos em terapia, logo vem aquele velho preconceito à mente: Não sou louco para precisar de terapia . Infelizmente, ainda a maior parte das pessoas não tem a exata noção do que significa esse tipo de tratamento.
A terapia tem por finalidade que as pessoas parem tudo o que estiverem fazendo por um período de uma a duas horas semanais, para que se dediquem a olhar para si, para sua vida, suas relações com as pessoas; repensar suas atitudes e dificuldades, enfrentar sentimentos difíceis de se lidar, assim como perdas que devem ser elaboradas, enfim, é um momento onde a pessoa revê sua vida para melhorá-la e procurar ser mais feliz.
Para tanto, conta com a ajuda de um profissional formado e capacitado que, com sua escuta atenta e observadora, leva o indivíduo a olhar para dentro de si, descobrindo, assim, novas possibilidades de ação e e solução de conflitos.
A terapia de casal foca prioritariamente a relação, não aprofundando em questões internas de cada um separadamente. Porém, sabemos que para haver uma relação é necessário que duas pessoas com suas histórias de vida distintas se unam; portanto, cada uma será levada em conta, mas apenas no que diz respeito a aspectos que interferem na relação atual. Na escolha do cônjuge sempre existem aspectos inconscientes envolvidos: nada se dá por acaso, algum ganho sempre está por trás de uma escolha. Por exemplo: é comum nos apaixonarmos por aqueles que mais parecem nossos opostos, não tendo nada em comum... No fundo, buscamos no outro o que gostaríamos de ter ou ser, e se um dia ele resolve mudar o seu jeito, a relação não faz mais sentido. Na verdade estamos nos relacionando com a parte idealizada de nós mesmos!
Outra fatalidade que comumente acontece é a vontade inconsciente de buscar no parceiro uma cópia do pai ou da mãe, e esperar que ele funcione de acordo com o que sempre se viu nos pais. Este tipo de relação está fadado ao fracasso, a menos que isso seja explicitado e trabalhado para que cada um seja aceito e admirado por aquilo que se é, como ser único.
Na terapia de casal temos a oportunidade de rever a vida a dois, muitas vezes desgastada pelo acúmulo de pequenos desencontros do dia-a-dia. É um espaço apropriado para facilitar o diálogo e a conseqüente resolução de conflitos, repensando, modificando e fortalecendo a relação conjugal.
Poderia dar aqui inúmeros exemplos de relações não saudáveis que se beneficiariam e muito com este trabalho, mas por uma questão de espaço, gostaria de chamar a atenção para aquilo que mais freqüentemente observo em meu consultório: cada vez mais testemunho o quanto a falta de diálogo deteriora as relações, assim como o entendimento equivocado da fala do outro com interpretações distorcidas acabam por levar a inúmeras e desgastantes brigas.
Não precisamos só saber falar, mas também saber ouvir o que o outro está dizendo e entender o verdadeiro conteúdo que está sendo comunicado. Numa terapia de casal, isso é detectado e treinado, para que os cônjuges possam transformar verdadeiramente sua relação em algo mais equilibrado e transparente.
Porém, há situações onde o desgaste já é tão grande, onde o amor já não existe, que o melhor mesmo é a separação. Essa também é uma das funções desta terapia, proporcionando ao casal um clima de maior harmonia e diálogo, para que a separação se realize de forma madura e responsável, e, caso haja filhos, que estes sejam minimamente afetados.
Se você sente alguma dificuldade em seu relacionamento conjugal, lembre-se de que o quanto antes elas forem resolvidas, maior a chance do casamento se reerguer, pois pequenos conflitos quando devidamente trabalhados podem ser motivo de crescimento para o casal, mas quando se tornam grandes podem não ter mais uma solução amigável.

Síndrome do Desejo Sexual Hipoativo (DSH)

Perda gradativa do desejo sexual afeta a saúde feminina.

Causas da síndrome do desejo sexual hipoativo podem ser físicas ou psicológicas.




A desculpa da dor de cabeça, nem sempre, é uma escolha. Muitas mulheres sofrem de uma disfunção que inibe a vontade de fazer sexo, a síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH). O problema, além de trazer instabilidade conjugal, pode atrapalhar a saúde. Cansaço, indisposição, briga com o parceiro, envolvimento com o trabalho, podem tirar o foco da vida sexual, porém, a ausência de vontade por muito tempo pode sinalizar o problema. "A mulher vive sob influência de ciclos e é muito suscetível às diferentes fases pelas quais passa: menstruação, gravidez, menopausa. Por isso, o desejo delas por sexo varia de acordo com esses ciclos. É natural, mas a mulher precisa ficar atenta, caso isso se repita por muito tempo", explica a psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, do projeto Afrodite, da Unifesp.


A disfunção é mais comum do que se imagina. A síndrome do desejo sexual hipoativo faz com que 35% das mulheres brasileiras vá para cama com o parceiro apenas para dormir, sem sentir a menor falta do relacionamento sexual. A síndrome é considerada séria pelos médicos, na medida em que afeta a saúde das mulheres, deixando-as mais fragilizadas. Mas a DSH não acontece de uma hora para outra. Normalmente, as mulheres que sofrem com a síndrome perdem gradativamente a vontade sexual. As causas dessa diminuição podem ser tanto físicas como psicológicas.

Causas físicas

A jornada extensa de afazeres pode impactar a saúde sexual. "As mulheres começaram a assumir multifunções. Precisam ser mães, esposas, cuidar da casa, da comida e trabalhar fora. Isso tudo eleva os níveis de estresse, aumentando os níveis de adrenalina e de cortisol no corpo, hormônios que provocam a diminuição da libido", explica a psicóloga Arlete Gavranic, terapeuta sexual do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp).

Além do estresse, a depressão também é uma das razões que leva as mulheres a perderem a disposição, inclusive para o sexo. O desgaste físico e psicológico proporcionados pela depressão influencia negativamente o comportamento da mulher, mas também os remédios antidepressivos, assim como alguns tipos de anticoncepcionais, também levam a diminuição da vontade sexual. Nesses casos, a melhor solução é o tratamento com remédios que não causem esse efeito.

Alterações hormonais, provocadas por algumas doenças ou pela menopausa podem ser a causa da DSH. "Quando ocorre diminuição dos níveis de testosterona, hormônio responsável pelo desejo sexual, a vontade por sexo fica reduzida. O ideal é que seja feita a reposição, através da indicação médica, por meio de medicamentos para que não afetem a vida sexual da mulher", explica Maria Claudia.


Causas psicológicas

De acordo com a sexóloga Maria Claudia, as causas psicológicas são as grandes responsáveis pela síndrome DSH, uma vez que as mulheres são muito sensíveis e, em geral, não conseguem separar problemas mal resolvidos do prazer sexual. "Problemas como a dificuldade de relacionamento com o parceiro, falta de confiança, mágoa ou frustrações acumuladas, baixa autoestima, desvalorização, entre outros fatores derivados dos relacionamentos pessoais fazem com que as mulheres passem a considerar o sexo como algo inviável em sua vida", explica a especialista da Unifesp.

Geralmente, essas frustrações acontecem com mulheres mais velhas, porém, a síndrome do desejo sexual hipoativo afeta também muitas mulheres jovens. Quando isso ocorre, é normalmente decorrência de uma educação repressiva, que trata o assunto sexo como tabu ou de questões religiosas, que reprimem o prazer sexual. "Isso tende a deixar o entusiasmo e o nível de energia da mulher jovem reduzidos, na medida em que ela não entende as transformações internas pelas quais seu corpo passa", esclarece Maria Claudia.

No caso de problemas psicológicos, o tratamento mais aconselhado é a terapia sexual, que vai trabalhar os aspectos ligados à educação sexual, a desmistificação das práticas sexuais, o enfoque corporal e a conscientização dos benefícios e problemas. "Em geral, esses tratamentos são lentos, demorando de seis meses a um ano, mas são eficientes, uma vez que a mudança ocorre de dentro para fora", diz a especialista da Unifesp.

O maior desafio da medicina nessa área é a invenção de medicamentos que estimulem o desejo sexual feminino. Diferentemente dos homens, nas mulheres a vascularização da região vaginal não é o motivo da disfunção, pelo fato da diminuição da libido estar associada às emoções. Por isso, a psicoterapia com um especialista em sexualidade ainda é a forma mais garantida de tratamento.

Falta de vontade ou DSH?

O fato de a mulher não ter vontade de fazer sexo todo dia não que dizer que ela está sofrendo da síndrome do desejo hipoativo. Para chegar a esse estágio, a mulher tem que estar muito tempo imersa no processo de recusa sexual, meses e até anos. As mulheres que sofrem com isso, costumam demorar para perceber, já que a diminuição do desejo ocorre lentamente. A terapeuta sexual Arlete Gavranic recomenda que as mulheres que começam a notar falta de desejo sexual, façam uma autoavaliação, que contenham as seguintes perguntas:

- Com que frequencia eu me recuso a ter relações sexuais?

- Sinto preguiça na hora que estou com meu parceiro?

- Costumo investir ou ter vontade de investir em produtos que aumentam a energia sexual, como lingeries, objetos eróticos ou livros e revistas que tratem do assunto?

- Qual a qualidade do meu relacionamento a dois?

Não deixe que problemas emocionais atrapalhem sua vida sexual

Como a DSH está ligada basicamente às emoções é possível tomar medidas que contribuam para a constante estimulação sexual. "É importante se permitir conhecer o corpo, aprender a pensar que o interesse por sexo não é vergonhoso, e muito menos a prática dele, viver bem com o próprio corpo e aceitar as mudanças que acontecem naturalmente com o envelhecimento, descobrir que é possível ser sensual em qualquer fase da vida e, principalmente, limpar a "lixeira emocional" para que as mágoas e tristezas não fiquem acumuladas e causem mal para a saúde", explica a terapeuta sexual Arlete Gavranic.

O que é o Homem?


Tendo em vista o estado de Calamidade que se encontra o Rio de Janeiro, comecei a questionar quais os tipo de homens que estão no poder. Logo, lembrei-me do texto do Feud "Mal estar na civilização", onde cita que o homem é o lobo do homem e isso me remete ao homem de hoje. Cada um só pensa no seu umbigo, homens cada vez mais egoístas e mais ricos, desviando dinheiro para melhorias do povo, etc Homens que destroem uns aos outros com sua ganância, em busca de seu próprio bem-estar. Homens que estão destruindo seu próprio habitat em troca de que??? Enfim, meu raciocínio ta confuso com tantas atrocidades, não sai mais nada.
Amanda Pereira



Complexo, multifacetado, em constante processo de evolução. Pensadores de diversas áreas tais como antropólogos, sociólogos, psicólogos e sobretudo, filósofos estudam este diferenciado animal político. A seguir, uma breve exposição de algumas características que nos distinguem.

Ao observar que fecundar entre os seus (endogamia) gerava monstruosas aberrações, seres inaptos e dependentes que, ao invés de contribuir para manutenção e aprimoramento do clã, acabavam por se tornar um estorvo, prejudicando todo bando, o homem, com a proibição, o interdito do incesto, procria com membros de outros grupos (exogamia), estabelecendo assim a diferenciação primeva e mais notória de sua categoria animal: racional.

Sigmund Freud (1856-1939), identifica um sistema ternário inerente à condição psíquica humana: origem, sexo e morte. Eros e Tánatos: pulsão de libido (ação) e de morte (não-ação, repouso). Órfão, numa cega e desesperada curiosidade genealógica é homoreligious, em sua eterna busca pelas origens, pelo Pai, à procura do Criador.

Ser de alteridade, ou seja, tem sua presença atestada por outro Ser: só existo à partir do momento em que o Outro me confere existência. Sobre esta temática é interessante conferir a famosa peça de teatro do filósofo existencialista francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) “Hui Clô”, traduzida para o português com o título de “Entre quatro Paredes”, onde quatro pessoas morrem e vão parar no inferno. No ambiente fechado, entre quatro paredes, vivem a angústia de ficar imaginando o que o outro está pensando que se está pensando. Conclui-se que “o inferno são os outros”.

O homem é também um angustiado Ser para a morte, cônscio da finitude, embora rotineiramente se esquive de pensar no fim. Tabu, esse tema é deletado, como se a vida já não implicasse em morte, como se por trás de todo berço não houvesse um túmulo.

Axiológico, estabelece valores, hierarquiza prioridades, sendo que estes valores servem, antes de tudo, ao princípio freudiano de buscar o prazer e evitar a dor.

Homolaborius, trabalha e constata ser um sujeito dotado de perfectibilidade, ou seja, sempre capaz de aprimoramento contínuo. Homoludens, brinca: canta, dança, cria, pinta, borda e, na arte, transcende, atinge, toca e é tocado pelo sublime.

Ser de linguagem, decodifica, nomeia, apreende, registra, transfere conhecimentos. Será também graças à linguagem que será capaz de mentir, podendo representar o que é bem sob aparência de mal, e o que é mal sob a aparência de bem. Paradoxalmente, quanto mais esvaziado, mais tende à tagarelice, típica das massas.

Descobre-se Sujeito histórico, constata e reconstitui o progresso de sua evolução no mundo, avalia, pondera e, conforme sua vontade, direciona energia empenhando-se em atingir um télos (finalidade/objetivo) já estabelecido por seus valores, fruto de seus desejos.

Aristóteles define o homem como sendo Zoopolitiken. Aqui, entendemos o animal político como sendo um Ser de “acordos”. Não necessariamente justos, como bem o queria o filósofo grego Platão, quando enaltecia a simetria, harmonia e eqüidade, enfim, a Justiça.

Sendo seu próprio adversário, como bem sintetizou o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679) “o homem é o lobo do homem”, luta para dominar, conquistar, preservar e muitas vezes, desrespeitar, usurpando o direito do Outro, estabelecendo limites aos estrangeiros (estranhos), erigindo muros, limites e fronteiras. Mesmo quando esse estranho é objeto de seu amor e devoção.

Como salientamos no início, o homem é um Ser complexo em processo de vir-a-ser. Mas será como intolerante Ser de Fronteiras, estabelecedor de limites, que o homem conservará e revelará sua mais animalesca característica: a de delimitador de território – Meu imenso país, possui muitas riquezas naturais; Na minha cidade se trabalha; Meu bairro é o mais arborizado; Minha rua é a mais enfeitada; Na minha casa não! Ou: este é o meu quarto, deixe-o como está; E, mesmo em seu quarto, junto a quem ama, não o subestimem: este é o meu lado da cama.

Seja na visão da floresta como um todo, ao observarmos as grandes nações mundiais e suas políticas de exclusões, ou na observação singular da árvore do cotidiano, é na ferrenha manutenção de fronteiras, na preservação de imensas barreiras, que o homem conserva distâncias e garante sua vasta solidão no mundo.


Grelina, o Hormônio da FOME


Grelina é um hormônio produzido pelo estômago. Quando está vazio, ele age no cérebro e dispara a sensação de fome. Na medida que a pessoa ingere o alimento ele vai diminuindo sua concentração.

Esse hormônio, o grelina, foi descoberto por pesquisadores japoneses em 1.999, mas foram cientistas britânicos que revelaram ser ele um estimulante da fome. Pesquisadores da Califórnia e da Universidade de Washington analisaram sangue de pessoas que seguiam uma dieta e de outras submetidas à cirurgia conhecida como "marca-passo gástrico", que diminui a capacidade do estômago, reduzindo a fome.
Descobriram, então, que os operados produziam uma quantidade menor de "Grelina". Também constataram que o contato de nutrientes com a parede do estômago torna mais lenta a produção do hormônio. Por outro lado, lembramos que quando os alimentos passam do estômago para os intestinos há a liberação do hormônio PYY, que também age no cérebro, ativando o centro da saciedade, diminuindo a fome.
O segredo da alimentação no controle da obesidade está em utilizar esses conhecimentos. Os carboidratos simples, como a batata e os doces, são absorvidos antes que os intestinos liberem o hormônio PYY inibidor da fome. O excesso de carboidratos se transforma em gordura para ser armazenada, podemos usar esse conhecimento e melhorar a nossa forma de alimentação.
As proteínas e as gorduras, principalmente das carnes, passam mais rapidamente para os intestinos liberando logo o hormônio PYY e provocando mais rápida a sensação de saciedade.
Na sua alimentação normal, o brasileiro costuma comer tudo junto, ou seja, salada, arroz, feijão, carne e legumes. Se raciocinarmos de acordo com a liberação dos hormônios citados, respeitando seus tempos, poderemos ter melhores resultados no emagrecimento.
Não sei como as pessoas verão a inversão de ingestão dos alimentos, trocando a ordem. Por exemplo, se ingerirmos primeiro a carne, as verduras, os legumes e somente depois o arroz e o feijão. Essa ordem pode melhorar a liberação dos hormônios.
Outra coisa a fazer é não ficar muito tempo com o estômago vazio. O melhor é comer poucas quantidades mais vezes ao dia. Com calma pode-se elaborar a melhor forma de alimentação aproveitando esses conceitos modernos.
Pense sobre isso.