Transtorno de estresse pós-traumático






O que é?


O transtorno de estresse pós-traumático pode ser entendido como a perturbação psíquica decorrente e relacionada a um evento fortemente ameaçador ao próprio paciente ou sendo este apenas testemunha da tragédia. O transtorno consiste num tipo de recordação que é melhor definido como revivescência pois é muito mais forte que uma simples recordação. Na revivescência além de recordar as imagens o paciente sente como se estivesse vivendo novamente a tragédia com todo o sofrimento que ela causou originalmente. O transtorno então é a recorrência do sofrimento original de um trauma, que além do próprio sofrimento é desencadeante também de alterações neurofisiológicas e mentais.

Diagnóstico


O primeiro aspecto a ser definido é a existência de um evento traumatizante. Aquele suficientemente marcante, não há dúvidas quanto a ser ameaçador à vida ou à integridade individual, como os seqüestros, assaltos violentos, estupros. Há, contudo certos eventos que podem não ser considerados graves como um acidente de carro sem vítimas. Mesmo assim caso uma pessoa venha a apresentar o quadro de estresse pós-traumático perante uma situação que poderia não ser considerada forte o suficiente para causar danos à maioria das pessoas, pode causar danos para outras. Com certeza, um evento marcante, fora da rotina, que de alguma forma represente uma ameaça, tem que ter acontecido: sem isso não será possível fazer o diagnóstico, pois a definição dele envolve o evento externo. Os sintomas têm que estar diretamente relacionados ao evento estressante, as imagens, as recordações e as revivescência têm que ser a respeito do ocorrido e não sobre outros fatos quaisquer ainda que ameaçadores.
Para o diagnóstico é essencial que a pessoa tenha experimentado ou testemunhado um evento traumatizante ou gravemente ameaçador. Quando esse evento ocorre é necessário também que a pessoa tenha apresentado uma resposta marcante de medo, desesperança ou horror imediatamente após o evento traumático. Depois isso o indivíduo deve passar a ter recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas) do evento, incluindo a recordação do que pensou, sentiu ou percebeu enquanto vivia o evento traumático. Podem ocorrer pesadelos baseados no tema. Sentir como se o evento fosse acontecer de novo, chegando a comportar-se como se estivesse de fato vivendo de novo o evento traumático. Nesses eventos é possível que o paciente tenha flashbacks ou alucinações com as imagens do evento traumático. As situações que lembram o evento causam intenso sofrimento e são evitadas. Ter de expor-se novamente ao local pode ser insuportável para o paciente. Por isso o paciente passa a evitar os assuntos que lembrem o evento, como também as conversas, pessoas, objetos e sensações, tudo que se relacione ao trauma. A recordação dos aspectos essenciais do trauma pode também ser apagada da memória. A pessoa pode afastar-se do convívio social e outras atividades mesmo que não relacionadas ao evento. Pode passar a sentir-se diferente das outras pessoas. Pode passar a ter dificuldade de sentir determinadas emoções, como se houvesse um embotamento geral dos afetos. Pode passar a encarar as coisas com uma perspectiva de futuro mais restrita, passando a viver como se fosse morrer dentro de poucos anos, sem que exista nenhum motivo para isso.
Outros sintomas podem ser também insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, respostas exageradas a estímulos normais ou banais.
Para se fazer o diagnóstico é preciso que esses sintomas estejam presentes por no mínimo um mês. Caso o tempo seja inferior a isso não significa que a pessoa não teve nada, só não se pode dar esse diagnóstico.
Certos sintomas não compõem o diagnóstico, mas podem ser encontrados nos paciente com estresse pós-traumático como dor de cabeça, problemas gastrintestinais, problemas imunológicos, tonteiras, dores no peito, desconfortos.

Considerações


O transtorno de estresse pós-traumático é provavelmente um transtorno muito comum, porém pouco conhecido, como nas décadas passadas foram desconhecidos porém freqüentes os transtornos de pânico, fobia social, obsessivo compulsivo. O estresse pós-traumático se diferencia dos demais transtornos de ansiedade e da maioria dos transtornos mentais por ser causado a partir de um fator externo. O aparato mental do homem é capaz de lidar com situações estressantes sem que isso deixe cicatrizes, da mesma forma que os vasos sanguíneos são capazes de suportar elevações da pressão arterial durante o exercício físico normalmente. Há, contudo limites a partir dos quais o funcionamento mental fica perturbado. Provavelmente isso ocorre quando os mecanismos de enfrentamento e suporte contra estresse são fracos ou quando os estímulos são fortes demais.
Quando surgirá o transtorno não podemos saber, o fato de uma pessoa ter passado por um trauma não significa necessariamente que ela terá estresse pós-traumático. Observa-se que num mesmo evento, algumas pessoas podem apresentar esse transtorno e outras não. Essas variações nos levam a julgar que existem também predisposições pessoais a este problema, o que de fato tem sido constatado. Pessoas com outros problemas de ansiedade prévios apresentam maior susceptibilidade a desenvolverem o estresse pós-traumático.

Grupo de Risco e Curso


Qualquer pessoa pode desenvolver estresse pós-traumático, desde uma criança até um ancião. Os sintomas não surgem necessariamente logo após o evento, podem levar meses. O intervalo mais comum entre evento traumatizante e o início dos sintomas são três meses. Muitas pessoas se recuperam dos sintomas em seis meses aproximadamente, outras podem ficar com os sintomas durante anos.

Tratamento


Os tratamentos preconizados ainda não são plenamente satisfatórios ou estão em início de investigação. Até recentemente a única medicação autorizada oficialmente para tratamento do estresses pós-traumático nos EUA era a sertralina, que continua sendo indicada. Uma medicação promissora talvez mais eficaz que a sertralina é o topiramato. As primeiras investigações com ele mostraram uma resposta altamente satisfatória. Quem não obteve resposta com o tratamento convencional pode experimentar esse novo anticonvulsivante e estabilizador do humor.

Problemas no relacionamento prejudicam os filhos


Muitas pessoas ainda carregam consigo a crença antiga que as crianças não prestam atenção e não percebem o que acontece ao seu redor. Baseados nessa crença é que muitos casais têm conversas sérias, discussões acaloradas e até agressões físicas na frente das crianças.

Porém, já é sabido e comprovado que as crianças são capazes de compreender tudo o que se passa ao seu redor, além de captar o clima do ambiente no qual estão inseridas. Ou seja, elas são capazes de perceber se estão vivendo em um local de paz e harmonia, amor ou discórdia, brigas e desunião.

Existem casais que chegam ao ponto de colocar as crianças no meio das chantagens que fazem com o parceiro (Ex: se você se separar de mim nunca mais verá o seu filho), ou incluí-los na discussão (Ex: Você está vendo o que o seu pai faz comigo; Não acredita na sua mãe que ela é louca). Como conseqüência disso os filhos adoecem, ficam agressivos, hiperativos ou apresentam queda de rendimento escolar. Mas a maioria dos casais dificilmente vê esses problemas como reflexo do relacionamento doentio que vivem e acabam vendo a situação da criança como mais um problema a ser solucionado.

Na ânsia de solucionar esse "novo" problema, os pais procuram profissionais para auxiliar a criança, mas não informam ao profissional a situação familiar, por acreditar que isso "não tem nada a ver; criança não entende nada". Quais as conseqüências dessa omissão? Crianças tomando antidepressivos e ansiolíticos fortes e psicólogos procurando distúrbios de atenção inexistentes, entre outros.

Por isso, aqui vai um alerta! Evite brigar na frente das crianças, ou colocá-las no jogo do casal, porque as crianças têm sim consciência do que se passa ao redor delas, ouvem as brigas dos pais e ficam perdidas quando são levadas a ficar contra o pai ou a mãe.

Brigas na frente de crianças também podem fazer com que os filhos percam o respeito pelos pais, briguem na escola, agridam os colegas e só conversem gritando. Isso ocorre por que as crianças tendem a reproduzir na rua aquilo que vêem em casa. Crianças (principalmente as muito pequenas) são como esponjas: captam tudo o que ocorre perto delas, para posteriormente reproduzir esses comportamentos.

É sabido que as crianças sofrem emocionalmente e psicologicamente quando os pais se divorciam, mas muitas vezes é mais saudável e benéfico para elas viver em harmonia com os pais separados, do que em guerra com eles juntos.

É importante que o casal adepto do pensamento "só não nos separamos porque as crianças vão sofrer" reflita sobre isso e pense se as crianças já não estão sofrendo; se elas já não estão apresentando alterações de comportamento como reflexo da falta de entendimento dos pais.

Caso o casal esteja em vias de se separar, procure um especialista para auxiliar a criança nesse processo, e evite compartilhar a sua raiva do parceiro com a criança para que ela não fique confusa ao praticamente ser obrigada a odiar alguém que ama. Saiba que quem não ama mais aquela pessoa é você, e para os filhos pai e mãe sempre são vistos com amor, admiração e respeito.

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EGOÍSMO

Só em falar no assunto, a polêmica paira no ar: quem é egoísta tem dificuldade em admitir ou prefere ficar calado, com medo das críticas. E quem se opõe a esse tipo de comportamento não perde a chance de criticá-lo. "Há uma idéia de que o egoísta sempre age em benefício próprio, mesmo que isso possa prejudicar alguém", afirma o psiquiatra Geraldo Possendoro, especialista em medicina comportamental. "Portanto, quem critica uma pessoa egoísta também está agindo em causa própria, com receio de que venha a sofrer os efeitos do egoísmo do outro".

Os especialistas ainda não sabem dizer se pensar demais em si mesmo é uma característica natural dos seres humanos ou um hábito que aparece com o tempo, conforme as experiências vividas. "Sabemos que as crianças são egoístas e dependem disso para afirmar suas vontades. Mas faz parte da passagem à idade adulta o abandono deste modelo", explica o médico. Com as responsabilidades crescendo, o individualismo tende a surgir, ou seja, um comportamento em que é preciso satisfazer suas necessidades, mas sem abrir mão de pensar nas outras pessoas.


O egoísta sempre quer tirar o melhor proveito da situação.

Egoísta ou egocêntrico?


As palavras são parecidas, mas o uso delas refere-se a perfis bem distintos. "Uma pessoa egocêntrica não olha para os lados, ela não quer saber como os outros estão se sentindo. O mundo inteiro precisa se adaptar aos interesses do egocêntrico", afirma o psiquiatra. Já o egoísta, segundo ele está preocupado em tirar o melhor proveito da situação conforme ela se apresenta.

Na prática, a diferença aparece de forma bem simples. "O egoísta aceita ir ao cinema, mesmo detestando o filme, desde que o melhor lugar esteja reservado para ele. Já o egocêntrico só combina programas que ele aprove, jamais admitindo alguma contrariedade, por menor que seja ela", exemplifica a psicóloga Carmem da Nóbrega, de Campinas.

Lidar com gente assim não é moleza e, na maioria das vezes, a solidão acaba sendo a única companhia de quem, simplesmente, não se ocupa com o outro. "Tenho um grupo de amigos que sempre sai junto. Nós somos parecidos, então é difícil ter confusão na hora de decidir o que fazer", afirma a secretaria Magali Novaes. "Mas arrumei um namorado que me levou a brigar com meus amigos, porque tudo tinha de ser do jeito dele. Até que nem eu aguentei mais e acabamos nos separando".


Esse tipo de choque, na maioria das vezes, tem resultados extremos: contribui para o que o egoísta repense sua forma de agir ou agrava ainda mais o isolamento desse tipo de pessoa. "O ideal, nesses casos, é mostrar que a colaboração é positiva, que todos ganhamos ao permitir que o outro expresse seus desejos", diz a psicóloga.

O problema é que existe muito mal entendido entre estar disposto a entender outras pessoas e ceder a vontades que não são suas. "E não é isso: quando você decide ouvir quem está por perto, há muito mais chances de resolver os impasses da rotina de forma criativa. O egoísta perde muitas oportunidades ao deixar de ar ouvidos ao outro, com medo de que seus objetivos estarão sob ameaça", diz o especialista da Unifesp.

Lado bom

Camila Moura, hoje estudante de arquitetura e estagiária de uma empresa de construção, precisou ter sangue frio e bancar o egoísmo em nome de um sonho. "Via minha família passar dificuldades financeiras durante o ano inteiro, mas não podia ajudar. Eu tinha que usar meu dinheiro para pagar a matrícula da faculdade. Hoje ganho bem e posso dar uma vida confortável a eles", conta ela.

Só é preciso ficar de olho nas situações em que o seu comportamento começa a atrapalhar o convívio social, afastando as amizades e dificultando o relacionamento. "Além de não se preocupar com o outro, casos extremos de egoísmo são marcados pelo prazer em fazer escolhas que vão magoar o outro", explica o psiquiatra.

Egoísmo patológico

Veja os sinais de que o problema precisa de tratamento especializado, com um psicólogo ou com um psiquiatra

Dificuldade de relacionamento: no trabalho, em casa ou com os amigos, há sempre uma briga na hora de fazer escolhas e o que deveria ser uma experiência agradável termina em conflito. "É normal discordar dos outros de vez em quando. Mas vale analisar se você só está satisfeito quando tudo está a seu favor", afirma Carmem.

Falta de interesse nas atividades que outras pessoas sugerem: se tudo não está do seu jeito, melhor desistir. "Pessoas egoístas não conseguem se envolver em atividades que tragam mais benefício ao outro do que a elas próprias", afirma a psicóloga.

Solidão: uma pessoa egoísta, raramente, tem um grande círculo social. Os amigos inventam desculpas para se afastar dele e a família não faz questão de tê-lo por perto. No trabalho, há problemas para desenvolver projetos em equipe.

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL: A TIRANIA INTERIOR


A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL É O MEDO DA LIBERDADE E SE CARACTERIZA POR COMPORTAMENTOS SUBMISSOS, FALTA DE CONFIANÇA, DIFICULDADE EM TOMAR DECISÕES, INABILIDADE PARA EXPRESSAR DESACORDO E POR UM TEMOR EXTREMO AO ABANDONO, À SOLIDÃO E À SEPARAÇÃO.

É UMA TIRANIA ENCARREGADA DE CONSTRUIR NOSSA PRISÃO INTERIOR MEDIANTE ALIANÇAS COM O MEDO, A PASSIVIDADE, A NEGAÇÃO DA REALIDADE E OS SENTIMENTOS DE CULPA. FAZ PARTE DO CARÁCTER E SE NUTRE DE CIRCUNSTÂNCIAS DESAFORTUNADAS NA INFÂNCIA DE CADA UM. A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL SE MANIFESTA NO COMPORTAMENTO AFETIVO, SEXUAL, PROFISSIONAL, SOCIAL E ECONÔMICO.

O NOIVADO, A LUA DE MEL, OS "CASAIS PERFEITOS" OU AS FAMILIAS SEM PROBLEMAS SÃO IDEALIZAÇÕES QUE NÃO SE SUSTENTAM POR MUITO TEMPO. A DISCUSSÃO FRANCA PODE GERAR DOR, RAIVA E DÚVIDAS, POREM É A ÚNICA MANEIRA DE SE CHEGAR AO FUNDO DAS DIFERENÇAS. CALAR OU CONCILIAR POR COMODIDADE É UM GRANDE ERRO, POIS IMPEDE A SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS. A REALIDADE NOS DEMONSTRA QUE AS FAMILIAS MAIS ENFERMAS SÃO APARENTEMENTE IMPECÁVEIS, ONDE NINGUÉM LEVANTA A VOZ, NÃO SE DISCUTE E NÃO HÁ DIFERENÇAS IMPORTANTES. NESSAS FAMÍLIAS, ONDE TUDO APARENTA HARMONIA E DOÇURA, SE COZINHAM EM SEGREDO, GRANDES RANCORES E PROFUNDAS FRUSTRAÇÕES.

NA VIDA PROFISSIONAL, QUANDO O EMPRESÁRIO INTUI A NECESSIDADE DE EMPREENDER GRANDES MUDANÇAS PARA SUPERAR DIFICULDADES EM SEU NEGÓCIO, PORÉM ESPERA QUE FORÇAS EXTERNAS EXECUTEM AS DITAS MUDANÇAS, A FALÊNCIA RONDA SEU CAMINHO. A CRENÇA DOS DEPENDENTES INCLUI: "PARA QUE INCOMODAR-ME, QUESTIONAR A HONESTIDADE DO MEU BRAÇO DIREITO NA EMPRESA OU CRITICAR A EMPREGADA DE CONFIANÇA, OU EXIGIR UMA MUDANÇA AO MEU CÔNJUGE, OU FALAR CLARO AO MEU FILHO, OU ARMAR UMA DISCUSSÃO, SE ISTO PODE CAUSAR DESIQUILÍBRIO???”

HOMENS E MULHERES BASEIAM SUAS ELEIÇÕES DE PAR NO SOCIALMENTE ACEITÁVEL, PORÉM LEVAM GRANDES SUSTOS QUANDO DESCOBREM A MEDIOCRIDADE POR TRÁS DA FACHADA. AS PIORES ESCOLHAS OCORREM QUANDO ESTÃO BASEADAS, PRIMORDIALMENTE, NO ATRATIVO FÍSICO OU NO PODER ECONÔMICO DAS PESSOAS. EM AMBOS OS CASOS, CEDO OU TARDE, SE NÃO EXISTE MAIS DO QUE ISSO, AS RELACÕES TERMINAM CONVERTENDO-SE EM ALGO INSUPORTÁVEL.

ATRAVÉS DO MEDO DA LIBERDADE SE PERPETUA A DEPENDÊNCIA EMOCIONAL E AS PESSOAS CONFIRMAM, ASSIM, SUA CONDIÇÃO DE PRISIONEIRAS. E QUANDO ESSAS CIRCUNSTÂNCIAS GERAM ANGÚSTIA E/OU DEPRESSÃO, É PROVÁVEL QUE PARA ALIVIAR TAIS SINTOMAS SE REQUEIRA TRATAMENTO MÉDICO, PORÉM É NECESSÁRIO SABER QUE A DIMINUIÇÃO DESSES SINTOMAS É SÓ O COMEÇO DE UM PROCESSO MAIS PROFUNDO.

UM DOS PRIMEIROS PASSOS NO PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA É COMBATER A FASCINAÇÃO PELA COMODIDADE. "EU QUERO SER LIVRE, PORÉM NÃO QUERO RENUNCIAR À MINHA COMODIDADE". E ISSO, OBVIAMENTE, É IMPOSSÍVEL, POIS A LIBERDADE SÓ SE CONQUISTA ATRAVÉS DO EMPENHO COTIDIANO.

CONQUISTA TUA LIBERDADE, AMA DE VERDADE OS DEMAIS COMO SÃO, NÃO COMO VOCÊ OS IMAGINA. VALORIZA-TE, EVITA FRUSTRANTES DEPENDÊNCIAS, NÃO TE ANULES E NÃO DEIXES QUE NINGUÉM SE ANULE AO TEU LADO. RECORDA QUE SOMENTE QUEM É LIVRE CRIA RELAÇÕES SERENAS NAS QUAIS SE VIVE O VERDADEIRO AMOR: "UNIR-SE SEM IGUALAR."


"Se quisermos mudar nossa vida, é mais importante mudarmos as atitudes do que as circunstâncias. A menos que mudemos as atitudes, é improvável que as circunstâncias, realmente, possam mudar um dia."
Robin Norwood
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Sociedade atual dispõe de mais fatores que servem de gatilho para a anorexia



O modelo de mulher magra seguido pela sociedade atual é apontado como uma das possíveis causas entre as muitas que levam à anorexia nervosa. "As pressões sociais para que as pessoas, principalmente as mulheres, se enquadrem num padrão de beleza geram preocupações extremadas com a imagem corporal. Essa preocupação constante com o peso pode ser muito prejudicial", destaca Ellen Simone Paiva, endocrinologista e nutróloga.

Apesar de a anorexia ser uma doença de causa desconhecida, a exposição a esses padrões rigorosos da sociedade atual exige atenção. Com uma imagem corporal idealizada, o ambiente fica mais propício ao aparecimento dos transtornos alimentares.

De acordo com a endocrinologista Glaucia Duarte, a vaidade e o reconhecimento do próprio corpo são típicos da adolescência. Os sinais de alerta surgem com os exageros. Quando o rigor entra em cena, a atenção dos pais sobre o adolescente precisa ser redobrada. Como exemplos, Glaucia cita a extrema insatisfação com o corpo e a busca incessante pela perda de peso.

Mais um alarde apontado por Ellen é a desproporção entre a forma física apresentada pela pessoa e a maneira como ela se enxerga. "Mesmo quando apresentam um peso abaixo do normal, as pessoas que se preocupam demais com a aparência não ficam contentes. É comum os pacientes com anorexia alegarem não querer se tornar ícones de beleza, dizem apenas querer se livrar do excesso de peso", relata.

A psicóloga Vanessa Portão ressalta que, quando a imagem corporal do adolescente está distorcida, ele sente vergonha do próprio corpo. "Eles temem ser chamados de gordo e usam roupas largas, para se esconder", diz.

Afastando os fatores de risco


Além dos padrões atuais de beleza espalhados pela mídia, existem sites, blogs e grupos virtuais voltados ao estímulo da anorexia. "Todas estas variações disponibilizadas na internet podem, sim, atuar como aval para meninas com predisposição aos transtornos alimentares", informa a especialista Ellen Simone Paiva.

Ainda de acordo com ela, um novo jogo online que encoraja meninas a colocar suas bonecas virtuais em dietas e a levá-las a uma clínica que realiza cirurgias plásticas vem causando polêmica na Grã-Bretanha.

Desde seu lançamento, em fevereiro de 2008, mais de 200 mil pessoas já se cadastraram no site Miss Bimbo . Na pagina inicial, as meninas (a maioria entre 9 e 16 anos) são incentivadas a criar as bonecas mais legais, ricas e famosas do mundo. Para alcançar o objetivo, elas usam a moeda virtual usada no site para comprar roupas, fazer cirurgias e comprar anorexígenos. Tudo, segundo o próprio site, para que as bonecas possam alcançar a fama.

"Pais e profissionais de saúde já apontam o website como uma ameaça, em vez de uma brincadeira. O jogo passa uma mensagem completamente equivocada sobre beleza e sucesso para crianças e jovens", alerta a endocrinologista e nutróloga.

Vanessa Portão lembra que a internet também desponta como um meio de troca de informações. "Eles compartilham dietas e formas de perder peso mais rapidamente", fala sobre as pessoas que passam por transtornos alimentares. Como conselho, a profissional destaca que os pais precisam estar atentos aos hábitos dos filhos, além de conhecer os locais que eles freqüentam e quem são suas companhias.

Já em relação à influência das amizades no desenvolvimento da anorexia, Ellen frisa que dificilmente o convívio com amigos desponta como causa do transtorno. "A doença tem raízes psicopatológicas bem definidas e, geralmente, se associa a outros distúrbios de esfera psíquica". Glaucia afirma, porém, que na adolescência existe a preocupação em ser aceito e fazer parte de um grupo. Ligadas a outros fatores emocionais desencadeantes do transtorno alimentar, então, as amizades podem tornar o ambiente mais propício à doença.

Fique atento aos sinais da doença

1. Preocupação insistente com o aumento de peso;
2. Interesse fora do comum por dietas, exercícios e quantidade calórica dos alimentos;
3. Insatisfação com a própria imagem;
4. Fixação em padrões de beleza ligados à moda


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