Anorexia Alcoólica, Drunkorexia ou Ebriorexia


Como muito de vocês estão ouvindo falar, constantemente, desse assunto, por conta da novela Viver a Vida, resolvi postar esse textinho para mais esclarecimentos.

A anorexia alcoólica é também conhecida como drunkorexia ou ebriorexia e tem sido um assunto que começou a ser abordado de forma mais intensa, inclusive na mídia, por ser tema da personagem Renata, interpretada pela atriz Bárbara Paz, na novela Viver a Vida. A intenção é mostrar uma doença até então desconhecida para a maioria das pessoas e alertar das possíveis consequências de quem sofre dela.

Alguns afirmam que essa doença se refere à perda de apetite provocada pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Sendo assim, não se trataria de uma anorexia, cuja preocupação principal é o peso e a forma corporal, mas de uma deficiência metabólica consequente de um estágio avançado de dependência. A anorexia alcoólica seria um sintoma do alcoolismo e não uma doença em particular, uma alteração que aconteceria no estágio avançado do alcoolismo.

Além da perda de apetite gerada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, alterações como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica, varizes e hemorragias e diabete secundária podem acometer o indivíduo.

Por outro lado, a anorexia alcoólica é também conhecida por ser uma combinação de anorexia, bulimia e álcool, não sendo um novo tipo de transtorno alimentar, mas um novo problema. Os “ebrioréxicos” não se alimentam para poderem compensar as calorias do álcool.

De qualquer forma, a prática da anorexia alcoólica compromete o sistema digestivo e afeta nutricionalmente o indivíduo, que substitui suas refeições pelo consumo de bebidas alcoólicas.

O tratamento é o mesmo sugerido para qualquer dependente químico: abster-se do álcool através de estratégias como trabalhos de terapia de grupo, reuniões do AA (Alcoólicos Anônimos) e avaliações clínicas para medir os prejuízos orgânicos do consumo.

A doença afeta mais as mulheres na faixa etária de 20 a 40 anos. O tamanho menor e a proporção de fluido corpóreo da mulher em relação ao homem podem ocasionar maior concentração de álcool no sangue, quando doses iguais de álcool são ingeridas, fazendo com que as mulheres manifestem sintomas de intoxicação mais rapidamente.

O número de dependentes de álcool está subindo de maneira alarmante. É importante que a família fique atenta ao comportamento e aos sintomas para buscar o tratamento precoce e convencer o possível paciente de que ele precisa de ajuda.





Drª Rosana Ximenes

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